O deputado Décio Lima (PT-SC) divulgou, em plenário, notícias publicadas pelo jornal Valor Econômico e que revelam que a Caixa Econômica Federal se tornou o segundo maior banco do país. A Caixa Econômica Federal ultrapassou o Itaú Unibanco no ranking do Banco Central dos maiores bancos brasileiros, passando a ocupar a segunda posição no primeiro trimestre do ano. O banco público encerrou março com R$ 1,242 trilhão em ativos totais, um aumento de 3% em relação a dezembro, enquanto o Itaú registrou queda de 6% nos ativos no trimestre, para R$ 1,205 trilhão.
De acordo com dados do BC, divulgados na reportagem do Valor Econômico, o Banco do Brasil manteve a liderança no ranking, com R$ 1,443 trilhão em ativos. “Vale lembrar que em 2002 o lucro da Caixa Econômica era de R$ 1,1 bilhões e hoje chega a mais de 1 trilhão em ativos”, disse o deputado.
Ainda, segundo Décio Lima, um memorando de Política Externa elaborado pelo Ministério da Fazenda, em 1999, e recentemente obtido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), comprova que o Governo Fernando Henrique Cardoso estudou a privatização de bancos públicos, entre eles o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES, e pretendia também transferir ao setor privado outros ativos na área de geração e transmissão de energia.
“No dia 8 de março de 1999, o memorando do Ministério sobre o ajuste fiscal que seria realizado pelo Governo FHC destacava que o programa governamental, apoiado pelo FMI, Banco Mundial, BID e pela maioria dos países industrializados teria continuidade com a redução do papel dos bancos públicos na economia”, afirmou.
Por fim, o deputado Décio Lima lamentou o fato do atual “Governo provisório, ilegítimo e interino” estar resgatando pela “Ponte Para o Passado” as políticas de desmonte do Estado promovido pelo Governo do ex-presidente Federando Henrique Cardoso. “Desmonte esse que não se concretizou em sua totalidade pois os Governos Lula e a atual Presidenta Dilma Rousseff garantiram a reestruturação de nossas estatais”, considerou.
Lembrou o deputado recente entrevista do autor do best-seller “O Príncipe da Privataria”, do jornalista Palmério Doria que afirmou que o plano de desestatização de FHC era bem mais ousado. Segundo ele, com os tucanos no poder, não teríamos, hoje, nem a Petrobrax. Era apenas uma etapa para a venda até do mastro da bandeira nacional.
PT na Câmara
Foto: Salu Parente