A carteira agrícola da Caixa Econômica Federal libera diariamente, em média, cerca de R$ 20 milhões em crédito para agricultura brasileira. Apenas em junho, a Caixa emprestou R$ 1 bilhão aos produtores rurais que estavam fechando a safra 2013-14 e iniciando a atual.
Conforme os dados apresentados pelo vice-presidente de Negócios Emergentes do banco, Fábio Lenza, o saldo atual de empréstimos da carteira de crédito rural é de R$ 4,24 bilhões. “Existem 14 mil contratos de financiamento rural em andamento nas 1.470 agências da Caixa já habilitadas a operarem com o crédito rural. Um total de 2.367 escritórios de agronomia (de extensão rural) estão encarregados de encaminhar as propostas de crédito dos produtores (Pessoa Física-PF), com os dados das lavouras, à rede de agências da Caixa”, disse.
Para o deputado Pedro Eugênio (PT-PE) os números confirmam que “a oferta de crédito para alguns setores não pode ser transferida para bancos privados, pois o único objetivo deles é o lucro”. “A Caixa Econômica Federal, assim como outros bancos públicos, tem papel fundamental na oferta de crédito barato e até subsidiado que alavancam setores vitais ao nosso desenvolvimento”, destacou. Entre esses setores, o petista destacou o da agricultura, com ressalva para a familiar, além de obras em infraestrutura e habitação, e o financiamento às micro e pequenas empresas.
Simplificação – Ao detalhar o crescimento do crédito rural na Caixa, Fábio Lenza disse: “Simplificamos os processos. O orçamento simplificado para empréstimo de até R$ 300 mil tem apenas uma página. Também desburocratizamos as exigências. Temos levado os caminhões do agronegócio nas feiras onde os produtores estão para fazermos o crédito na hora”.
Segundo Lenza, o produtor, ao contratar operações de crédito com o banco, tem uma série de vantagens. “São as vantagens equivalentes a uma conta salário quando migra para a Caixa. Tem benefícios em todos os segmentos do crédito”, ressaltou. Ele informou que o banco tem ouvido as federações de produtores, os agrônomos e as cooperativas para melhorar ainda mais o relacionamento com o cliente.
Perfil dos clientes – A clientela do agronegócio, observou Lenza, é composta por 68% de pessoa física e 32% de pessoa jurídica. Desse universo da pessoa jurídica, 20% são cooperativas. Cerca de 71% dos empréstimos são destinados ao plantio (custeio) e os 29% restantes a investimentos na propriedade. “Estamos chegando perto dos percentuais de mercado”, garantiu.
Para a safra 2014-2015, iniciada em agosto passado, serão aplicados R$ 6 bilhões no crédito rural com os recursos obrigatórios (do recolhimento compulsório ao Banco Central) com juros controlados do crédito rural. Para a safra 2015-2016, a estimativa é de que as operações de crédito rural alcancem R$ 10 bilhões. As projeções indicam que na safra 2016/2017 as operações de credito rural da Caixa atinjam R$ 15 bilhões.
Modernização – Em relação aos investimentos, o vice-presidente da Caixa informou que as maiores demandas dos produtores têm sido destinadas à modernização dos processos que resultam em maior produtividade. Segundo ele, tem havido procura de financiamento para a aquisição de colheitadeiras que possam ser usadas em mais de uma cultura (soja e milho, por exemplo), pulverizadores para aplicação dos agroquímicos e tratores de grande porte com plantadeiras maiores.
Heber Carvalho com Blog do Planalto