O deputado Bohn Gass (PT-RS), vice-líder da Bancada do PT, afirmou nesta terça-feira (3), em pronunciamento no plenário, que a sociedade brasileira está cada dia mais consciente de que o Brasil está sendo vítima de um golpe, que coloca em risco a jovem democracia do país. “Sim, no Senado continua o debate, não do impeachment, mas do golpe. Cada vez que aparece alguém para fazer a defesa e faz o debate sério, fica mais justificado que não há crime de responsabilidade, os argumentos não param em pé, e se demonstra de fato que é um golpe que está sendo cometido contra a democracia”, disse o petista.
Para Bohn Gass, ficam mais evidentes a cada dia os “absurdos” do processo do impedimento da presidenta Dilma, que tramita no Senado. “Quando governou Minas Gerais, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo, adotou as chamadas pedaladas. Não apenas ele, mas o próprio presidente do PSDB, senador Aécio Neves; o governador paulista Geraldo Alckmin e vários outros, de partidos que apoiam o golpe, adotaram as mesmas práticas. Então, se Anastasia disser que Dilma deve ser afastada porque pedalou, estará considerando que é crime pedalar. E, então, estaremos diante de confissão. É tão absurda a situação que é como se dissessem: Dilma deu um grito, por isso é uma criminosa. Eu também gritei, mas o meu não grito não é crime”, enfatizou.
O deputado Bohn Gass foi mais longe e afirmou que a História vai registrar quem são os golpistas. “O espanto já é grande quando se vê um bando de suspeitos de corrupção acusando uma presidenta que não é acusada de corrupção. Imaginem quando os absurdos desse processo forem apropriados por todo mundo.
É só isso que me consola: a certeza de que, mais dia menos dia, a máscara cairá. E o mundo e a História saberão que o Brasil está vivendo uma farsa golpista!”, destacou.
Gizele Benitz