O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, vai pedir ao Ministério da Defesa que 2 mil homens das Forças Armadas façam o patrulhamento nas favelas do Complexo do Alemão até julho de 2011, quando será implementada uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região. O anúncio foi feito após uma reunião entre Cabral e a presidente eleita, Dilma Rousseff.
O governador elogiou a parceria entre forças policiais estaduais e federais na ocupação da Vila Cruzeiro e do Morro do Alemão. Segundo ele, a atuação da Polícia Federal e das Forças Armadas deverá ser solicitada em outras operações de combate ao tráfico no estado.
Sérgio Cabral disse ainda que Dilma Rousseff está “satisfeita com o modelo de integração”. De acordo com ele, a parceria deve continuar no futuro governo. “Quando o poder do Estado Democrático de Direito se articula, o poder marginal se assusta. Não ficou aquela falsa dicotomia, de que sai o estado e entra o governo federal ou sai o governo federal e fica só o estado”, afirmou.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS – foto), relator da CPI da Violência Urbana, elogiou o apoio das Forças Armadas para combater o narcotráfico no Rio de Janeiro. “A ideia de uma parceria entre estado e União inaugura conceitualmente um momento novo no combate ao crime organizado no país”, afirmou.
Pimenta destacou que a parceria pode servir de modelo para o controle das fronteiras. “O Rio de Janeiro é ponto de chegada de armas e drogas. Mas, sem dúvida, o passo seguinte é o controle das fronteiras. Toda arma e toda droga que chegou ao Rio de Janeiro ao longo dos últimos 30 anos veio do Paraguai, da Bolívia ou da Colômbia. Atravessou alguns milhares de quilômetros do território nacional. Se tivermos mais eficiência nas fronteiras, evitaremos que esses episódios ocorram nas regiões centrais do país”, disse.
Equipe Informes, com agências
