A presidenta Dilma Rousseff considerou “excepcional” o resultado da 7ª Cúpula do BRICS, realizada na cidade russa de Ufá. Segundo ela, os cinco países do grupo conseguiram dar passos importantes para a implementação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e do fundo (chamado CRA) que vai socorrer os integrantes em eventuais crises de financiamento externo.
“O acordo de reservas [o CRA] serve de amortecedor para as crises financeiras, para o fato de os mercados oscilarem [atingindo os países do BRICS]”, afirmou Dilma, em entrevista à emissora de televisão russa RT.
Ela esclareceu que os recursos de fundo de reservas (um total de US$ 100 bilhões) só poderão ser utilizados pelos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Portanto, ressaltou a presidenta, não existe a possibilidade de uma ajuda para a Grécia com esse dinheiro do grupo.
“Espero que a União Europeia resolva a questão da Grécia. O processo de negociação está aberto. O novo banco [NBD] e o fundo de reservas não funcionam como órgão multilateral”, explicou Dilma.
A presidenta avaliou que Brasil, Rússia e China enfrentam situações temporárias de ajuste que afetam o crescimento econômico no curto prazo. Para ela, o motivo são os efeitos da crise internacional iniciado em 2008. A bolsa de valores da China, por exemplo, sofreu oscilações e perdas expressivas nesta semana.
“O Brasil tem um fundamento que é o fato de nos recuperamos rápido”, disse a presidenta. “Vamos sair rápido da crise, e vamos conseguir.”
Dilma citou medidas recentes como a criação do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado na segunda-feira (6) e que permite a redução temporária da jornada de trabalho. “[O PPE] será bastante eficaz para segurar o desemprego”, salientou, lembrando a medida foi inspirada na experiência da Alemanha.
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