Cem mil em protesto nas ruas de Brasília e em defesa do Brasil, contra as reformas do governo usurpador de Michel Temer. Isto é que é o que deve ocorrer no próximo dia 24 de maio na grande mobilização nacional Ocupa Brasília. É o que preveem as oito centrais sindicais, partidos da oposição como o PT, PCdoB, PSOl e também alguns parlamentares dissidentes da base do governo reunidos nesta terça-feira (16), na Liderança da Minoria, para traçar estratégias de enfrentamento à retirada de direitos contidos nas medidas encaminhadas ao Congresso Nacional pelo Governo ilegítimo de Michel Temer.
O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE) anunciou que foram definidos três eixos de atuação política para barrar a aprovação da PEC da Previdência: obstrução; ação nas bases dos deputados, em aeroportos, junto às igrejas católicas e evangélicas e o Ocupa Brasília.
“Esses são os eixos de unidade política que nós pactuamos entre as centrais sindicais, parlamentares e partidos de oposição. Para o Ocupa Brasília temos que fazer uma grande mobilização para Brasília tremer na defesa de nenhum direito a menos. A mobilização de rua é central para barrar a PEC da Previdência”, reiterou Guimarães.
Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), o Brasil se aproxima do momento crucial para garantir os direitos dos trabalhadores estabelecidos na Constituição de 88. “Estamos nos aproximando dessa grande batalha que, acredito, seja a mais importante que a gente tem pela frente para derrotar esse governo que tanto malefício trouxe ao povo brasileiro”, afirmou.
Zarattini lembrou que o governo Temer vem atuando junto à opinião pública para vender a ideia de que, sem reforma não haverá aposentadoria. “São milhões de reais gastos em propaganda para convencer o povo de que essa reforma é boa”, criticou. Além disso, acrescentou, o ilegítimo está com forte atuação no parlamento para virar votos contrários à reforma.
“A atuação do governo no parlamento é no sentido de resolver problemas com distribuição de cargos, emendas parlamentares, refinanciamento das dívidas das empresas, Funrural – dívida estimada em R$ 20 bilhões – e renegociação das dívidas dos municípios com a Previdência”, denunciou o líder o balcão de negócios que tem imperado nas relações entre o Executivo e parte do parlamento.
Benildes Rodrigues
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara