Foto: Gustavo Bezerra
Profissionais brasileiros preencheram 92% das vagas autorizadas pelo Programa Mais Médicos para 2015, totalizando 3.830 profissionais em 1.208 municípios e seis Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei). Os números foram divulgados, hoje (9), pelo Ministério da Saúde.
Ao todo, a pasta autorizou 4.146 vagas em 1.294 municípios e 12 Dsei. As 286 vagas que não foram preenchidas serão oferecidas a médicos brasileiros, a partir de amanhã, com formação no exterior. Grande parte dos municípios com vagas restantes está na Região Norte.
De acordo com o balanço, 46% dos médicos brasileiros que assumiram uma vaga são homens e 54% mulheres. Mais da metade (55%) tem entre 26 a 30 anos. Além disso, 78% dos participantes são solteiros e 51% já têm experiência em programas de saúde da família.
A maioria dos profissionais (68%) optou pelo benefício da pontuação de 10% nas provas de residência médica, caso tenha conceito satisfatório durante os 12 meses de atuação no programa.
Na Região Norte, das 1.799 vagas autorizadas, 1.726 foram preenchidas. No Sudeste, os números são 329 e 314, respectivamente. No Centro-Oeste, 396 vagas foram autorizadas e 370 preenchidas, enquanto no Sul, os números são 520 e 476, respectivamente.
O Norte foi a única região do país a registrar menos de 90% das vagas preenchidas. Das 409 autorizadas, 283 foram preenchidas (69%).
Até o ano passado, 14.462 profissionais foram enviados a 3.785 municípios, beneficiando 50 milhões de pessoas. A previsão do governo é que, com os novos números, o programa alcance 18.247 médicos em 4.058 municípios, atendendo cerca de 63 milhões de pessoas.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os dados são extremamente positivos. “É uma nova realidade que esperamos que seja a realidade do programa nos próximos anos até que no futuro consigamos ter de fato um programa preenchido por médicos brasileiros”.
Chioro considera provável que o programa não chegue à terceira etapa, onde são abertas vagas para médicos intercambistas individuais. Segundo ele, é menos provável a instituição da quarta etapa, quando são convocados médicos cubanos por meio do termo de cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
“O programa já começa a produzir os resultados esperados no sentido de ampliar a oferta de médicos”, disse Chioro. “Estamos dando um passo significativo para poder garantir a toda a população brasileira o direito à atenção básica na saúde”.
Pesquisa encomendada pela pasta à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indica que 93% dos profissionais do Mais Médicos se sentem satisfeitos com sua participação no programa. O estudo mostra que 90% dos entrevistados disseram que indicariam o programa a outros médicos.
Das agências