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O ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) João Felício foi eleito por unanimidade, na última quarta-feira (2), presidente da maior federação internacional de sindicatos do mundo, a International Trade Union Confederation (CSI), que reúne as maiores centrais sindicais das Américas, Europa e África e representa 180 milhões de trabalhadores.
Felício, que foi o primeiro não metalúrgico a presidir a CUT, é professor e construiu sua trajetória sindical na APEOESP, entidade que representa docentes de São Paulo. O novo presidente da CSI afirmou que sua eleição é decorrência do prestígio internacional alcançado pelo movimento sindical brasileiro, que tem demonstrado a possibilidade de reunir a pauta corporativa com a luta geral por reformas do Estado e da sociedade. Também agradeceu o apoio do ex-presidente Lula, manifestado em uma carta ao plenário da CSI.
“Conseguir eleger um operário à Presidência da República é uma grande novidade internacional para europeus, asiáticos e americanos. Não tem paralelo em outros países e levou o movimento sindical brasileiro a ser inspiração fora do País, ao sair de uma pauta muito corporativa, ligada apenas ao mundo do trabalho, e participar ativamente da vida política do País”, avaliou Felício.
A candidatura de Felício foi apresentada pela CUT em 2012, com o apoio das demais centrais sindicais brasileiras filiadas à CSI — a Força Sindical e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). O apoio de Lula foi fundamental para que Felício conquistasse os votos de centrais africanas e europeias a aderir à candidatura.
A eleição de Felício ocorreu em reunião da CSI em Bruxelas. Ele substituirá o alemão Michael Sommer e será o primeiro latino-americano a presidir a entidade. A eleição será referendada em congresso da federação, a ser realizado entre os dias 18 e 23 de maio em Berlim.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “a escolha de João Felício para presidir a CSI é um reconhecimento do protagonismo cutista e da unidade do movimento sindical brasileiro, da ação que temos desempenhado para o avanço de um projeto de inclusão social em nosso País”. Para Freitas, “sem as conquistas que melhoraram a vida do povo brasileiro, sem os avanços na economia, na política e na cultura, tamanho respaldo do sindicalismo mundial não teria sido possível”, frisou.
Com agências online