Brasil terá investimentos de quase US$ 1 trilhão em infraestrutura até 2014

devanir ribeiro-D1-28-10-10O Brasil foi o país que previu o maior volume de investimentos em infraestrutura para os próximos anos entre as 20 maiores economias desenvolvidas e emergentes, no compromisso por um crescimento global “sólido, sustentável e equilibrado” no médio prazo.
O país estimou investimentos no setor da ordem de US$ 906,5 bilhões (R$ 1,577 trilhão), sendo US$ 545,7 bilhões no período 2011-2014, no mandato da presidente Dilma Rousseff, e US$ 360,8 bilhões depois de 2014, ao listar sua estratégia para reformas estruturais. Os dados constam de documento que a Coreia do Sul divulgou ontem, conforme o jornal Valor Econômico.

O vice-líder da bancada do PT na Câmara, Devanir Ribeiro (SP), comentou que os números confirmam que o governo Dilma vai continuar e aprofundar os projetos que vêm sem colocados em curso pelo governo Lula. “O presidente Lula, que recebeu uma herança maldita de FHC, arrumou a casa e colocou o Brasil na rota do desenvolvimento com distribuição de renda e geração de empregos. Agora, colhemos os resultados e o Brasil tem a perspectiva de continuidade de crescimento, resolvendo problemas estruturais, no contrafluxo da crise da Europa e Estados Unidos”.

Devanir Ribeiro lembrou que o Brasil tem pela frente o desafio de modernizar os portos, aeroportos, ferrovias e também investir mais em saneamento e construção civil, entre outras áreas. “O PAC 1 iniciou este processo e, com o PAC 2, vamos seguir em frente, garantindo condições para que o Brasil tenha uma infraestrutura compatível com o nosso crescimento econômico e com a ascensão social de milhões de brasileiros”, disse o parlamentar.

DESAFIOS – O petista observou que outro desafio são as obras destinadas à Copa das Confederações, torneio de futebol promovido pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), em 2013, à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas, em 2016 . Nada menos de US$ 36,5 bilhões são previstos para preparar os três eventos, segundo o documento divulgado pela Coreia do Sul, onde realizou-se, na semana passada, a reunião dos líderes do G-20.

Outros países do G-20, incluindo China, Estados Unidos e Índia, informaram seus planos de maneira mais geral, mas foram econômicos em cifras e detalhes, o que não quer dizer que investirão menos, inclusive pela necessidade de suas economias.

O Brasil explicou a seus parceiros do G-20 que sua estratégia de desenvolvimento é baseada na ideia de integrar crescimento econômico com redução da desigualdade social. E focando em investimentos em infraestrutura, o país procura superar gargalos em logística, redução de custos de produção, além de melhorar a competitividade da indústria nacional.

Na área fiscal, o Brasil assumiu o compromisso, no G-20, de fazer um superávit primário de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 a 2013. O país argumentou que esse saldo, nos próximos três anos, é consistente com a redução do endividamento líquido público para 30,8% em 2013. Sobre câmbio, o Brasil reitera que usará instrumentos macroprudenciais, ou seja, o controle de capital, quando for necessário para evitar apreciação artificial da moeda.

Equipe Informes, com Valor Econômico

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