Projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam o Brasil, ao lado dos Estados Unidos, Austrália e Argentina, como grande fornecedor de alimentos nos próximos 40 anos.
A estimativa é que a produção de grãos no País salte dos atuais 159 milhões para 299,5 milhões de toneladas. Um incremento de 88% – 140,5 milhões de toneladas – de arroz, feijão, trigo, milho e soja.
As projeções foram comemoradas pelo deputado Waldenor Pereira (PT-BA), que integra a Comissão de Agricultura, da Câmara. “As projeções do Ministério da Agricultura revelam que a política macroeconômica adotada pelos governos Lula e Dilma Rousseff foi acertada. Além da qualificação da mão de obra na agricultura, a expansão do crédito contribuiu para o crescimento da economia brasileira e a adoção de tecnologias permitiu ao Brasil ser um grande celeiro na produção de alimentos com destaque no mercado internacional”, destacou o parlamentar.
A previsão do Ministério é que a produção de carnes aumente 98% nos próximos anos, passando de 26,5 milhões, em 2011, para 52,6 milhões de toneladas em 2050. O preço da terra seria um dos fatores responsáveis pelo deslocamento da agricultura e pecuária para novas áreas, especialmente as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. E a tecnologia, um fator essencial para reduzir os riscos de variações climáticas, especialmente as secas, nessas regiões.
Segundo o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, os preços agrícolas em todo o mundo vão permanecer altos nos próximos anos. As mudanças climáticas severas em alguns países; os baixos estoques mundiais de milho, arroz, trigo e soja e a pressão dos biocombustíveis estão entre os fatores que influenciam os preços e a produção.
Ivana Figueiredo com informações do Ministério da Agricultura
