Brasil reduz desnutrição infantil e atinge meta da ONU

combate_desnutricaoUma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil reduziu a taxa de desnutrição infantil. De 1989 a 2006, a porção de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade caiu de 7,1% para 1,8%, e com baixa altura, de 19,6% para 6,8%.

Com esses avanços, de acordo com o estudo Saúde Brasil 2009, o País atingiu uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 1 – Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome, o que levou o Brasil a ser premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.

Os resultados podem ser atribuídos, segundo a pasta, a quatro fatores: aumento da escolaridade materna, melhoria do poder aquisitivo das famílias, melhoria da atenção à saúde e aumento da cobertura de saneamento básico. Conforme o ministério, a atenção primária à saúde é central para a prevenção de doenças. “Estudos internacionais mostram que cada aumento de 10% na cobertura da Saúde da Família corresponde uma redução de 4,6% na mortalidade infantil”, diz o estudo.

O Saúde Brasil 2009 apontou ainda que a coleta de leite materno aumentou em 56,3% entre 2003 e 2009. Cresceu também o número de doadoras de leite humano: 88,4% em cinco anos, passando de 60,4 mil mulheres, em 2003, para 113,8 mil, em 2008. No País, há 200 bancos deste tipo. A publicação Saúde Brasil é lançada anualmente pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. Neste ano, a pesquisa apresenta temas relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 1974, 18,4% das crianças com menos de cinco anos tinham déficit de peso, percentual que caiu para 1,8%. Também houve queda no déficit de altura, que passou de 22% para 6,7% no período. Nas reuniões mais vulneráveis, as internações por desnutrição reduziram à metade entre 2003 e o ano passado.

Pelas projeções do governo, o país deve alcançar a meta para as taxas de mortalidade infantil e da infância em 2012, três anos antes do prazo fixado pela ONU. Entre 1990 e 2008, a mortalidade infantil estava em 47,1 por mil nascidos vivos em 1990, passando a 19 em 2008. A intenção é chegar a 15,7.

O estudo mostra ainda que as mulheres vêm tendo menos filhos, especialmente as adolescentes. De 2000 a 2008, a quantidade de partos caiu 10%, de 3,2 milhões para 2,9 milhões. Nada menos que 93% dessa variação se concentrou entre as mães com 15 a 24 anos. “Isso se refere a uma série de medidas de acesso à informação, acesso a métodos anticoncepcionais, apesar da resistência de setores conservadores ainda existentes na sociedade brasileira”, afirmou o ministro José Gomes Temporão.

Equipe Informes, com agências

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