Brasil reduz desigualdade de renda e índice de pobreza, aponta Ipea

Jilmar Tatto-1A desigualdade de renda no Brasil caiu para seu nível mais baixo nas seis principais regiões metropolitanas do País e o número de pessoas pobres nessas cidades foi reduzido praticamente em 27% desde 2002. O que, em termos absolutos, isso significa que 4 milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza entre março de 2002 e junho deste ano.

De 18,5 milhões de pessoas em março de 2002 para 14,5 milhões em junho de 2009.

Os resultados foram revelados nesta terça-feira (4) no Comunicado da Presidência nº 25, Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

No texto, o Ipea apontou que, na análise da redução da pobreza desde março de 2002 até junho de 2009, é possível notar uma tendência de queda da pobreza em todas as seis maiores regiões metropolitanas do País: Recife (PE); Salvador (BA); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP); e Porto Alegre (RS).

O documento destacou que por causa da crise internacional iniciada em outubro de 2008 o País interrompeu bruscamente o curso do crescimento da produção acompanhado simultaneamente pela redução do desemprego aberto. Para combater os efeitos negativos, o governo implementou um conjunto de medidas anticíclicas, entre desoneração fiscal, redução na taxa de juros; aumento do crédito público e do salário mínimo e ampliação de programas de garantia de renda.

Desigualdade – A queda da desigualdade foi outro dado importante revelado pelo Ipea . Pela pesquisa, o índice de Gini de junho de 2009 alcançou o seu menor patamar (0,493) nas seis principais regiões metropolitanas. Além disso, entre janeiro e junho de 2009, o índice caiu 4,1%, a mais alta queda registrada desde o ano de 2002. O índice Gini é usado para medir desigualdade e varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é a sociedade.

De março de 2002 (0,534) até junho de 2009, o índice Gini caiu 7,6%. Se for considerado o mês de mais alta medida de desigualdade, que foi dezembro de 2002 (0,545), a queda do índice de Gini até junho de 2009 chega a 9,5%.

O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, afirmou que alguns fatos explicam essa diminuição da desigualdade no País. “De um lado, a crise se manifestou de forma mais concentrada no setor industrial, que geralmente paga os melhores salários. De outro lado, temos a proteção da renda na base da pirâmide social brasileira, com aumento do salário mínimo e políticas de transferência de renda previdenciárias e assistenciais”, disse.

Na avaliação do deputado Jilmar Tatto (PT-SP), os resultados refletem a política acertada de investimentos no governo Lula. “Investimentos nas áreas de população mais pobre, investimentos no Bolsa Família, investimentos com o aumento real do salário mínimo e uma política de desenvolvimento com geração de empregos. Esse conjunto mostra que o Brasil está no rumo certo”, afirmou.


Gabriela Mascarenhas

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