O Brasil vai precisar qualificar três milhões de trabalhadores por ano durante os próximos cinco anos. O cálculo é do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e inclui formação inicial – para novas vagas – e continuada – para quem já está no mercado de trabalho.
O Senai só vai ter condições de atender 70% do total. O restante terá de ser preparado por outras escolas públicas e privadas.
Segundo a instituição, os setores que demandarão um maior número de pessoas serão os da construção civil, alimentos e bebidas, vestuário, produtos de metal e máquinas e equipamentos. Em outros segmentos – extração e refino de petróleo, informática e equipamentos de transporte -, a demanda por trabalhadores crescerá acima da média, mas o volume de pessoal empregado é menor.
Na avaliação do deputado Carlos Abicalil (PT-MT), a demanda por mão de obra qualificada apresentada pelo setor empresarial é o reconhecimento da política econômica do governo Lula, que promoveu o mercado interno, ampliando a oferta de trabalho no país. Abicalil destacou ainda os esforços do governo Lula no sentido de ampliar a oferta de ensino profissional.
“Isso reforça a importância do ensino profissional para habilitar os jovens para os empregos, inclusive para tarefas mais simples, como as desenvolvidas na construção civil. O governo Lula entregará, até o final deste ano, um total de 214 novas escolas técnicas, o desafio agora é implantarmos um novo plano de expansão para atender essa demanda”, avaliou.
Setores – De acordo com a diretora de operações do departamento nacional do Senai, Regina Torres, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as descobertas do pré-sal, as Olimpíadas e a Copa do Mundo colaboram para esse cenário. “O desafio é ainda maior, porque as empresas saem dos grandes centros rumo ao interior, o que eleva a demanda por profissionais onde os investimentos são realizados”, disse.
O governo já detectou que a falta de funcionários qualificados será um dos principais gargalos do pré-sal. Por meio do Programa Nacional de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás (Prominp), a Petrobrás está financiando a formação de mão de obra para seus fornecedores.
Equipe Informes com agência Estado