Brasil não vai tolerar imposições de governo golpista, diz Lula

lula_onuO presidente Luiz Inácio Lula da Silva, rechaçou o ultimato dado pelo governo interino de Honduras que obriga o Brasil a definir as condições do presidente deposto Manuel Zelaya.

Lula informou que Zelaya está como hóspede na embaixada brasileira e que o País de forma alguma vai tolerar a imposição do governo hondurenho.

“Zelaya foi expulso do poder da maneira mais vergonhosa possível e o Brasil não irá tolerar nenhum ultimato de governo golpista”, disse o presidente.

O comunicado de Honduras foi lido no sábado (26) em cadeia nacional da TV do País. “O governo do Brasil deve definir o status do senhor Zelaya dentro de um prazo de não mais de dez dias. Caso assim não ocorra, nos vemos obrigados a tomar medidas adicionais conforme o direito internacional”, ameaçou o governante atual Roberto Micheletti.

Quanto à pressão e as ameaças que cercam a embaixada brasileira, Lula diz que “se entrarem pela força, estarão cometendo um ato que rompe as normais internacionais”. O presidente voltou a dizer que Zelaya deve voltar ao poder. “A solução é simples, os golpistas devem sair do palácio presidencial e Zelaya deve convocar eleições presidenciais para definir seu sucessor”, disse. Para Lula, caso os golpistas convoquem eleições, poucos países reconheceriam o resultado, dada a postura opressiva do

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), integrante da comissão de Relações Exteriores da Câmara, deu apoio irrestrito às declarações do presidente Lula. “É inaceitável que um golpista, como o próprio presidente Lula o definiu, queira dar ultimato a um governo democrático e popular. De forma alguma podemos aceitar a intimação de alguém cujo governo não foi reconhecido pela comunidade itnernacional e nem pelo Brasil”, disse Luiz Sérgio.

Passados três meses do golpe, o governo de Micheletti, que lidera os generais de Honduras, não é reconhecido pelos países. Na ultima sexta-feira (25), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu às pressas e repudiou a atuação de Micheletti, classificando como “provocação” a pressão contra a embaixada brasileira.

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