Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgados nesta segunda-feira (14), mostram uma melhora no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em 2014. Nesse período, o País passou de 0,752 em 2013 para 0,755 no ano passado.
Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2015, o Brasil teve melhora em indicadores que avanços sociais, como a esperança de vida ao nascer, que aumentou de 74.2 em 2013 para 74.5 em 2014, e a média de anos de estudo que passou de 7,4 para 7,7 nesse período.
O País acumula trajetória constante de crescimento do IDH. De 1990 a 2014, o crescimento foi 24,2%, o maior no período entre os países da América do Sul. Em relação à posição no ranking mundial, de 2009 a 2014 o país avançou três posições.
O IDH mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes: a expectativa de vida, educação e renda. O primeiro lugar no ranking mundial é da Noruega, seguido pela Austrália e a Suíça. Em último está o Niger.
De acordo com a coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional, Andréa Bolzon, a diferença no ritmo de crescimento dos países causou a queda do Brasil. “Apesar de o Brasil ter crescido no IDH, outro país cresceu em ritmo um pouco mais acelerado que o nosso. A isso se deve nossa queda”, justificou à imprensa.
O relatório também mostra que o Brasil caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano porque foi ultrapassado pelo Sri Lanka, que teve crescimento acelerado no último ano. Assim, o país passou para o 75º lugar entre 188 países.
As políticas públicas brasileiras têm responsabilidade direta sobre esses avanços, segundo a coordenadora do Pnud. “O relatório reconhece esses programas de proteção social e de transferência de renda como importantes para aumentar o desenvolvimento humano. O desenvolvimento dos países tem acidentes de percurso e, se você tem uma rede de proteção social forte, obviamente as coisas ficam mais seguras para todo mundo”, afirmou Andréa.
O relatório do Pnud, intitulado O Trabalho como Motor do Desenvolvimento Humano, traz também dados de 188 países e sugere estratégias para criar oportunidades e assegurar o bem-estar dos trabalhadores.
Agência PT de Notícias com “Agência Brasil”
Foto: Miriam Jeske/Olabi Makerspace