A presidenta Dilma Rousseff afirmou nessa quarta-feira (12), em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, do canal de TV SBT, que o Brasil já é uma democracia madura o suficiente para conviver com as diferenças, situações difíceis e manifestações contrárias aos interesses dos diversos grupos.
“Temos de ser capazes de conviver com as diferenças, as posições que não são aquelas que você deseja e com situações difíceis. Nós não somos mais uma democracia infantilizada. Portanto, manifestações são coisas normais numa democracia”, disse.
Ela ressalvou, no entanto, que é preciso evitar o clima de intolerância e de violência. “A intolerância leva a conflitos que não têm solução. Ela divide um país, ela transforma algumas manifestações até em processos que levam à violência”.
E alertou que hoje o País vive um clima perigoso de intolerância. “Tem um processo de intolerância como não visto antes no Brasil, a não ser nos períodos passados quando se rompeu a democracia”.
Apesar disso, a presidenta se mostrou confiante no senso democrático do povo brasileiro. “Não acredito em um Brasil fascista. Porque esse país é composto de diferentes etnias. Nós somos índios, negros, brancos de diversas origens, nós somos europeus, japoneses, árabes, enfim, nós somos um cadinho”, comentou, referindo-se ao recipiente em forma de pote que é usado pelos ourives para misturar metais.