O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), afirmou nesta segunda-feira (12) que “o Brasil prova que está no caminho certo ao garantir maior formalização dos empregos e aumento do salário dos trabalhadores nos últimos doze anos”. A afirmação teve como base estudo divulgado recentemente pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), que aponta a formalização do mercado de trabalho e o aumento de salário dos trabalhadores como os fatores que mais contribuíram para a queda da desigualdade social nos últimos anos.
Segundo o estudo, esses dois fatores foram responsáveis por 54,9% na redução da desigualdade entre 2002 e 2012. A formalização dos empregos e o aumento nos salários superaram até mesmo outras fontes de renda do brasileiro provindas do Orçamento da União, como a Previdência e programas sociais concedidos pelo governo. Para a conta, foi utilizado como benefício social o índice de Gini, que mede a desigualdade de renda.
“Ao criar empregos formais e garantir aumento de salários, o País instituiu as condições para um crescimento sustentável, porque o emprego deve ser mais perene que as políticas sociais”, destacou Vicentinho. O líder petista disse ainda que ao contrário das políticas sociais, que na opinião dele devem ser conjunturais e transitórias, “as conquistas no mundo do trabalho garantem bases mais sustentáveis para o desenvolvimento do País”, disse.
“A formalização do emprego dá mais segurança às empresas, que se livram de processos trabalhistas, e o Estado passa a arrecadar mais ampliando a capacidade de investimento em outros setores, como educação e saúde”, disse Vicentinho.
Com base nos dados da SAE, as políticas que mais contribuem para o bem-estar social, depois do trabalho, são o Bolsa Família, o pagamento da Previdência acima do piso e a aposentadoria com base no salário mínimo, com 12,2%, 11,4% e 9,4%, respectivamente.
Bolsa-Família – O programa de transferência de renda também atua de forma importante no combate à desigualdade. Segundo os números, o custo-benefício de cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade quase quatro vezes mais do que o benefício da Previdência Social.
Héber Carvalho com Agência Brasil