Brasil e Jordânia debatem ações para regiões áridas

semi-aridoA primeira missão brasileira de Ciência, Tecnologia e Inovação à Jordânia cumpriu na semana passada uma agenda de encontros e visitas para tratar de diversos temas relacionados ao setor. Depois de várias rodadas de conversa foram acertados três pontos importantes para incrementar de imediato a cooperação entre os dois países.
O primeiro deles é promover um estudo comparativo entre as regiões do semiárido brasileiro (no Nordeste) e do árido jordaniano, entre as quais há muitas semelhanças. No cerne da pesquisa estará a questão da água, crucial para ambos s países, mas especialmente grave para a Jordânia.

O segundo ponto é o de preparar para março de 2011 uma visita exploratória de técnicos da Secretaria de Política de Informática (Sepin) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), para identificar oportunidades de cooperação no campo das tecnologias da informação e comunicação. O acordo foi concluído no encontro com o secretário Geral do Ministério das Tecnologias de Informação e Comunicação da Jordânia, Khaled Lahham, que conhece os avanços brasileiros neste campo e entende que eles podem ser úteis ao desenvolvimento e à modernização de seu país.

O terceiro ponto trata de estudar o memorando de entendimento proposto pelos jordanianos, a ser assinado ainda este ano pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e por sua congênere na Jordânia, o Centro Nacional de Pesquisa Agrícola e Extensão (National Centre for Agricultural Research and Extension – Ncare). Os jordanianos consideram que a experiência nacional e internacional da Embrapa é extremamente importante para ajudar a alavancar a produtividade em sua agricultura e pecuária.

O estudo comparativo das áreas mais áridas dos dois países será coordenado, no Brasil, pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCT). A iniciativa deve mobilizar universidades, centros de pesquisa, grupos e redes de pesquisadores que investigam os desafios do semiárido e da escassez de recursos hídricos. Empresas também serão convidadas a participar da empreitada, pois o enfoque adotado de comum acordo incorpora o setor produtivo dos dois lados.

As bases desta cooperação bilateral foram lançadas em outubro de 2008, quando o Rei da Jordânia, Abdullah 2º, visitou o Brasil e assinou 11 acordos e memorandos de entendimento, sobre diversos temas de economia, comércio, turismo, educação e ciência e tecnologia. Foi a primeira viagem de um monarca jordaniano a um país da América Latina, desde a criação da Jordânia em 1946.

Em março último, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, esteve na Jordânia e foi recebido por ministros, autoridades e instituições de C&T do país. Escolheram-se, então, possíveis áreas de cooperação: agricultura no árido e semiárido, pesquisa genética na agricultura e pecuária, recursos hídricos, irrigação e energias renováveis, biocombustíveis.

O Embaixador do Brasil na Jordânia, Fernando Marroni, e seu conselheiro para Assuntos Econômicos e de C&T, Rodrigo de Carvalho, prestaram total apoio à nossa missão científica. Marroni acredita que a presença brasileira na Jordânia, via cooperação em campos e temas essenciais no século 21, pode contribuir para um desenvolvimento nacional ainda maior.

(Ministério da Ciencia e Tecnologia)

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