A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Iriny Lopes, e a Embaixadora-Geral para Assuntos Global das Mulheres dos Estados Unidos, Melane Verveer, ampliaram nesta quinta-feira (17), em Brasília, a cooperação entre os dois países sobre igualdade de gênero.
No encontro, ficou acordada a concessão de 10 bolsas de pós-doutorando nos Estados Unidos para jovens pesquisadoras nas áreas de conhecimento em que as mulheres são minoritárias, entre as quais engenharia, matemática, física e computação.
Foi acertado ainda um intercâmbio dos estudantes de ensino médio vencedores da etapa nacional do concurso de redação “Construindo a Igualdade de Gênero” e as meninas ganhadoras da Olimpíada da Matemática. Os acordos fazem parte de um Memorando de Entendimento entre O Brasil e EUA, assinado no governo do presidente Lula, para o avanço da condição da mulher.
Os acordos na área de ciência e tecnologia, na avaliação da deputada Benedita da Silva (PT-RJ), são muito bem -vindos, dada a baixa participação feminina na área. “É importante termos as mulheres na ciência. O Brasil vai precisar de mão de obra qualificada na indústria naval e petrolífera, por exemplo, que estão em alta, e as mulheres podem completar essa lacuna. É bom essa quebra de paradigmas, tomara que acordos semelhantes sejam celebrados com outros países, em especial com os africanos”, disse.
De acordo com a petista, desde o governo do presidente Lula as mulheres estão tendo uma grande abertura rumo à equiparação de gêneros. “Esses acordos são extremamente importantes, pois está havendo no Brasil uma profunda quebra de paradigmas na política de gênero, desde a gestão do presidente Lula. Temos observado uma grande abertura para a valorização da capacidade da mulher, a exemplo da eleição da presidenta Dilma. Ainda somos minoria nos espaços de poder, mas a população brasileira começou a ver a capacidade que a mulher tem”, destacou.
Segundo a ministra Iriny Lopes, a inserção das mulheres em diversas áreas de conhecimento começou a ser trabalhada ainda durante a campanha pela presidente Dilma, com o slogan ‘Sim, as Mulheres Podem’. “Um dos desafios propostos neste governo é mudar a postura individual de cada brasileiro em acreditar na capacidade que as mulheres possuem de ir além e fazer a diferença, em qualquer tipo de profissão ou cargo que ocupem”, analisou.
A embaixadora norte-americana, Melane Verveer, se disse impressionada com o empenho do governo brasileiro na área de igualdade de gênero e frisou a importância da eleição de Dilma, já que, nos EUA, ainda não se conseguiu colocar uma mulher no comando máximo do país. “Estudos científicos já provaram que investir nas mulheres é sinal da redução da pobreza e de promover o desenvolvimento econômico da nação, já que se elas progridem toda a família é beneficiada”, declarou.
Memorando Entendimento 2010 – O documento trata do avanço da condição da mulher, com o intuito de promover a cooperação e intercâmbio de informações com vistas a eliminar a discriminação contra a mulher e alcançar a igualdade de gênero. A partir desse acordo foi criado o Programa de Cooperação ente Brasil e EUA em Mulheres e Ciência. Como primeira ação desse projeto, na próxima semana uma delegação de oito cientistas brasileiras participará da 55ª Reunião da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW/ONU), cujo tema central é a acesso e inclusão de meninas e mulheres na ciência e tecnologia, para a promoção das mulheres ao pleno emprego e trabalho decente.
Edmilson Freitas com Secretaria das Mulheres
