Brasil e China reforçam compromisso de estreitar parceria estratégica

“Essa amizade e essa parceria foram ainda mais fortalecidas com a presença do presidente Lula, com o presidente Xi Jinping, na China”, afirmou Alckmin Foto: Cadu Gomes

O Brasil e a China reforçaram, nesta quarta-feira (17), o compromisso de estreitarem ainda mais a parceria estratégica bilateral, retomada com a visita do presidente Lula ao país asiático em 2023 e que resultou, entre outros avanços, no maior volume de exportações brasileiras para um único país na história, de mais de U$ 104 bilhões no ano passado.

As discussões ocorrem durante a Conferência Internacional “50 anos da relação Brasil-China: cooperação para um mundo sustentável”, realizada em Brasília com a presença do presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, do embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, entre outros.

“Me lembro que o presidente Lula, no seu primeiro mandato, houve uma grande comemoração quando o Brasil exportou para o mundo 100 bilhões de dólares. Hoje, o Brasil exporta para um país, só para a China, 104 bilhões de dólares. Então foi muito bem colocado aqui que a relação Brasil-China é um caso de sucesso. Cinquenta anos de amizade, de parceria, de comércio, de investimentos”, disse Alckmin.

O evento é promovido pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em parceria com o National Top Think Tank e o Institute of Latin American Studies da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS).

Alckmin frisou que “essa amizade e essa parceria foram ainda mais fortalecidas com a presença do presidente Lula, com o presidente Xi Jinping, na China”, e que ela vai crescer ainda mais. “Gilberto Freire dizia que o Brasil é a China dos trópicos. Então vamos trabalhar juntos pela inclusão e pelo desenvolvimento”, afirmou.

Ele enumerou alguns frutos dessa cooperação bilateral, como o volume recorde de investimentos anunciados pela indústria automotiva no Brasil, de R$ 125 bilhões até 2028, com forte participação da chinesa BYD, líder mundial na fabricação de veículos elétricos, e a Great Wall Motors, a maior montadora privada do país asiático.

Além disso, o presidente em exercício destacou o grande potencial do Brasil em áreas que são importantes para o enfrentamento dos desafios globais e que também contribuem para atrair investimentos para o país.

“Acho que, no planeta, hoje, o mundo tem três grandes temas. Segurança alimentar, segurança energética e clima. E nesses três grandes temas o Brasil é um grande protagonista. E vamos avançar ainda mais”, disse Alckmin.

“O Brasil vive um bom momento. O risco Brasil, que era 258 pontos, caiu para 130. A inflação caiu. O desemprego caiu, os juros continuam em queda, subiu o PIB, avançou a economia, cresceram as exportações, e, aí, a China tem um papel extremamente relevante”, sublinhou.

Exemplo para o mundo

Já o embaixador chinês Zhu Qingqiao destacou que a parceria bilateral tem trazido benefícios para as economias e as populações dos dois países e que “tudo isso fez de nosso relacionamento um exemplo de progresso conjunto entre grandes países em desenvolvimento”.

O diplomata disse ainda que as relações sino-brasileiras “transcenderam o âmbito bilateral e cada vez mais se destacam por sua influência estratégica e global”.

Zhu Qingqiao também citou a importância da visita de Lula à China para a retomada da parceria entre os dois países, que foi interrompida pela incompetente gestão da diplomacia brasileira durante o governo passado.

“O presidente Lula fez uma visita bem sucedida à China e, junto com o presidente Xi Jinping, deram orientações para abrir um novo futuro das relações sino-brasileiras na nova era, injetando um ímpeto vigoroso para expandir e aprofundar nossa cooperação em todos os setores”, disse.

Nesse sentido, o embaixador destacou políticas criadas pelo governo Lula para atrair investimentos e gerar empregos no país.

“Desde o retorno do presidente Lula ao governo, o Brasil lançou novos planos estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento, o Nova Indústria Brasil e Plano de Transformação Ecológica, que estimula o desenvolvimento e busca a revitalização do país, ao mesmo tempo em que [o Brasil] defende o multinaturalismo e a justiça internacional”, afirmou o diplomata.

Segundo ele, é altamente prioritário para a China estreitar as relações bilaterais “para progredirmos em direção a uma comunidade de futuro compartilhada para a China e o Brasil.

Ele citou como exemplo desse esforço o Memorando de Entendimento assinado entre Lula e Xi Jinping sobre a cooperação para o desenvolvimento social e combate à pobreza e à fome, que resultou, entre outros avanços, no lançamento de um projeto de mecanização para a agricultura familiar no Rio Grande do Norte, em fevereiro deste ano.

O embaixador disse ainda que a China está comprometida em colaborar com o Brasil na organização de encontros importantes que acontecerão no país, como a Cúpula do G20, grupo atualmente sob a presidência brasileira, e a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).

50 anos de amizade

As relações diplomáticas entre o Brasil e a China foram estabelecidas em 1974, durante o governo do presidente Ernesto Geisel. Mas as trocas comerciais começaram a se intensificar em 2004, durante o primeiro governo Lula, quando foi criada a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN).

Em 2009, no segundo mandato de Lula, os dois países estabeleceram uma parceria estratégica que previa a ampliação do comércio bilateral e a cooperação em diversas áreas, como infraestrutura e tecnologia.

No mesmo ano, a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil e tem sido uma das principais fontes de investimentos externos no país, com destaque para os setores de eletricidade e de extração de petróleo, bem como de transportes, telecomunicações, serviços financeiros e indústria.

Mas as relações entre Brasil e China extrapolam o caráter bilateral, com a participação dos dois países em importantes fóruns de cooperação, como o BRICS.

Fruto desse esforço da política externa brasileira, o país alcançou, em 2023, o maior superávit comercial da sua história (US$ 98,8 bilhões), do qual o comércio com a China participou em 52%.

PTNacional

 

 

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