A cem dias do começo da Copa do Mundo de Futebol que ocorrerá na África do Sul, o Brasil se junta aos países africanos e propõe ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) a adoção de uma campanha mundial contra manifestações racistas no futebol e em outros esportes, seja entre atletas ou torcedores.
A proposta da campanha foi feita na terça-feira, na Suíça, pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH).
A expectativa de Vannuchi é que a campanha intitulada Um mundo de esportes livre do racismo e da descriminação, seja aprovada por todas as delegações internacionais que participam da sessão anual no Palácio das Nações, em Genebra, até o dia 26 de março.
“Infelizmente é no futebol que muitas vezes a manifestação do racismo acontece”, disse Vannuchi, em entrevista à Voz do Brasil. O ministro, no entanto, avalia que os esportes têm grande potencial de conscientização.
A campanha prevê que atletas e equipes façam declarações e divulguem mensagens, em faixas por exemplo, contra o racismo. “Isso vai formando uma compreensão no âmbito da família humana”, idealizou Vannuchi.
Além da campanha educativa, a proposta do Brasil e da África prevê que as associações internacionais de cada modalidade esportiva adotem formas de punição contra eventuais manifestações de racismo.
Agência Brasil com Equipe Informes