Brasil devolve 46 toneladas de lixo hospitalar para EUA

ferro dest2O Brasil devolveu aos Estados Unidos no último fim de semana 46 toneladas de lixo hospitalar apreendidas em outubro do ano passado, no Porto de Suape, em Pernambuco. O embarque da carga foi acompanhado pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), que é membro da Comissão Externa da Câmara criada para investigar a importação irregular desses resíduos hospitalares.  

A devolução da carga foi feita pela empresa “Na Intimidade Ltda”, situada em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste pernambucano. O grupo empresarial é o importador da carga, mas alega ter sido enganado pela exportadora Texport Inc., pois aguardava a chegada de tecidos com defeito e não de lixo hospitalar.

Em nota à imprensa, o Consulado dos Estados Unidos disse que o governo norte-americano respondeu imediatamente com assistência ao pedido das autoridades do estado de Pernambuco em relação à devolução da carga. O carregamento será enviado ao Porto de Charleston, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Segundo o deputado Fernando Ferro, a previsão é de que o material chegue ao estado americano no dia 27 de fevereiro, data em que a comissão externa planeja apresentar um relatório com sugestões para evitar episódios semelhantes entre os dois países. “Entre vários pontos, o relatório vai propor que o Brasil inclua nos tratados com os Estados Unidos uma política de resíduos sólidos”, explicou Ferro.

A apreensão do material por agentes do Porto de Suape desencadeou uma série de descobertas no Polo de Confecções do Agreste envolvendo a utilização de lixo hospitalar e várias empresas do setor têxtil. A carga entrou no País como tecido de algodão com defeito para ser usado na confecção de roupas, mas a mercadoria importada continha lençóis sujos de sangue, cateteres, seringas e luvas usadas.

No fim do ano passado, Fernando Ferro fez o anúncio da necessidade de um instrumento legal que viabilize punições para os responsáveis por esse tipo de operação. “É um crime praticado por brasileiros, em associação com pessoas de outro país, e tem que passar por investigação. Precisamos tirar uma lição disso, elaborando um marco legal que possa coibir casos futuros. A carga identificada em Pernambuco não é um caso isolado, já aconteceu em outros locais do País, como São Paulo e Bahia”, disse.

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