Brasil cresce 6,5% em 2010 e taxa de inflação deve ficar próxima de 5%, prevê Fazenda

vignatti_dest1O Ministério da Fazenda divulgou nesta terça-feira (10) o relatório bimestral junho/julho “Economia Brasileira em Perspectiva”. O documento traz projeções macroeconômicas para 2010, como perspectivas de crescimento do PIB em 2010, o comportamento do mercado de consumo de massa, previsão da inflação, juros e crédito, e política fiscal.

Conforme projeção da Fazenda, o PIB este ano deverá ser de 6,5%. O crescimento médio da economia será de 5,7% nos próximos quatro anos, ritmo a ser puxado pelos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), que estão crescendo três vezes superior ao do PIB, e pelo consumo das famílias, com nível de demanda acima de 9% neste ano. Com o crescimento do PIB estimado em 6,5%, o PIB per capita atingirá o valor recorde de R$ 17,3 mil em 2010, segundo o relatório.

Inflação – Com o fim dos estímulos fiscais e monetários, das chuvas e dos ajustes sazonais em educação, saúde e transporte público, o IPCA volta a uma trajetória compatível com o atual nível de crescimento da economia, afirma o documento. De acordo com o relatório, as expectativas de mercado recuaram e se alinharam ao patamar previsto pelo Ministério da Fazenda anteriormente e apontam para IPCA próximo de 5% em 2010.

A inflação apurada pelo IPCA ficou em 0% em junho de 2010, abaixo da variação de 0,43% do mês anterior, enquanto o índice de julho ficou estável em 0,01%. O resultado representa a variação mensal mais baixa de 2010. A desaceleração dos preços de junho de 2010 em relação ao mês anterior resultou da desaceleração de oito dos nove grupos que compõem o IPCA.

Para o deputado Vignatti (PT-SC), integrante da Comissão de Finanças e Tributação, os dados retratam o momento que o Brasil nunca viveu. “O Brasil nunca viveu um momento tão bom e em um ano eleitoral, porque geralmente os anos eleitorais são tensos para a economia. E agora a gente está em período eleitoral, com uma economia firme. O que, de certa forma, dá tranquilidade para o mercado, para a sociedade”, disse o parlamentar petista.

Esse bom momento vivido pelo país, acrescentou Vignatti, “anima quem faz política com seriedade, com honestidade porque desenha de fato uma possibilidade de um Brasil real muito melhor. Anima os trabalhadores que têm possibilidades de melhorar renda, emprego porque com crescimento sempre há possibilidade de melhorar ainda mais a renda”, ressaltou.

Avanço da classe C – O Ministério da Fazenda estima que a classe C manterá expansão nos próximos anos. A expectativa é de que o percentual da população nesta faixa cresça 21,5% de 2008 a 2010. Em 2010 a classe C responde por cerca de 103 milhões de brasileiros. Desde 2002, cerca de 25 milhões de brasileiros deslocaram-se para o meio da pirâmide social.

Além disso, desde 2002 até agora, o poder de compra das classes sociais de menor renda tem evoluído constantemente, o que deve resultar no aumento da participação das classes C e D no ranking de potencial de consumo, reflexo, segundo o relatório, do aumento do salário mínimo, controle da inflação, geração de empregos e benefícios sociais, como o programa Bolsa Família.

O benefício pago pelo Bolsa Família eleva a renda da população atendida em 48,7%, conforme análise divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O efeito geral do programa foi diminuir o tamanho da população em extrema pobreza, que era de 12%, para um patamar de 4%. Cerca de 49 milhões de pessoas foram beneficiadas.

 

Crédito – O crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro no Brasil cresceu 2% em junho em comparação a maio e 19,7% frente a junho de 2009, fechando o primeiro semestre do ano com desembolso de R$ 1,5 trilhão, equivalente a 45,7% do PIB. Em relação ao período pré-crise, o avanço do crédito foi de 31,6%, enquanto que, nos últimos 12 meses, a concessão média diária de novos empréstimos acumulou expansão de 16,6%.

A avaliação do Ministério da Fazenda é de que os bancos públicos representam papel essencial na disponibilização do crédito desde o período da crise. De setembro de 2008 a junho de 2010, o saldo das operações de crédito desses bancos cresceu 63,9%, acima dos bancos privados de capital nacional (19,7%) e dos estrangeiros (9,4%).

Leia aqui a íntegra do relatório:
http://www.fazenda.gov.br/portugues/docs/perspectiva-economia-brasileira/link.htm

 

(Equipe Informes com Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Fazenda)

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