Um dos idealizadores e coautor do ranking, elaborado pelo Bird, o finlandês Lauri Ojala, afirma que o governo deve pensar na cadeia logística de forma mais ampla, como um elemento da política econômica. Segundo o finlandês, a alfândega e as agências que atuam nas fronteiras precisam ser mais eficientes e não se concentrar apenas na coleta de impostos.
Apesar do alerta, o avanço do Brasil, na avaliação do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), é o reconhecimento de todos os investimentos em infra-estrutura promovidos pelo governo Lula por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Além dos investimentos em saneamento e desenvolvimento urbano, o PAC tem entre seus principais focos o investimento em infra-estrutura logística, que inclui reformas e ampliação de portos, construção de ferrovias e duplicação de rodovias”, explicou.
Com a segunda fase do programa, o PAC 2, o parlamentar espera ver superados as falhas mencionadas no estudo. Nelson Pellegrino é membro da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Industria e Comércio da Câmara.
Diagnóstico – Nos seis aspectos avaliados no estudo alfândega, infraestrutura, tempo de chegada ao destino, competência logística, rastreamento e acompanhamento e embarques internacionais o Brasil está relativamente bem, porque a capacidade operacional e a competência das pessoas do setor melhorou nos últimos anos, explica Ojala.
O estudo indica que uma boa estrutura logística tem mais efeitos comerciais do que a redução de impostos e tarifas, podendo elevar o PIB em 1% e o comércio em 2%. A cadeia logística é cada vez mais importante num país que cresce como o Brasil, mas é preciso agir rápido para equiparar a logística ao crescimento, afirma Ojala.
Edmilson Freitas com agências