A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, assinará nesta quarta-feira (18), o Apelo Global contra a Hanseníase, em cerimônia realizada na Câmara dos Deputados, às 9h, no plenário 7. A adesão do Brasil ao Apelo Global 2013, documento que afirma o compromisso de luta contra o estigma e da discriminação global das pessoas atingidas pela hanseníase, é um marco no engajamento do país frente a eliminação da hanseníase e do estigma que ainda é associado à doença.
Além da ministra, o evento contará com a participação de Yohei Sasakawa, embaixador das Nações Unidas para a Eliminação da Hanseníase, e de Artur Custódio, coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Sasakawa fará uma breve apresentação sobre a relevância do Apelo Global para a saúde pública e os desafios para a eliminação da hanseníase no Brasil.
Em 2013, o 8º Apelo Global, lançado no dia 24 de janeiro, em Londres, recebeu o apoio da Ordem Internacional dos Advogados (IBA, na sigla em inglês) e de 46 associações de advogados, em 40 países. A iniciativa exige a revogação imediata de leis que ainda garantem a existência de instituições e práticas discriminatórias contra a hanseníase em todo o mundo. “Legislações antiquadas e desumanas que sustentam a discriminação das pessoas atingidas pela hanseníase são fonte de muito sofrimento. Normas equivocadas ainda justificam práticas que violam dos direitos humanos e isso é inaceitável. Desfazer essa cultura da discriminação e da violência institucional é urgente. Advogados, juízes e demais profissionais da lei têm o dever ético de trabalhar para corrigir essa situação”, declara Sasakawa, que também preside a organização The Nippon Foundation, dedicada ao enfrentamento da hanseníase e à promoção dos direitos humanos.
Artur Custódio também ressalta a importância dos Apelos Globais: “Os Apelos Globais tem o papel de ampliar o grupo de pessoas que discutem a questão da hanseníase e de despertar novos apoiadores para a causa. Assim, conseguimos apoio de governos e de organizações da sociedade civil, de empresários, médicos, advogados, educadores. E, claro, quanto mais apoio e dedicação melhor”.
Assessoria do Ministério