A FAO, organismo das Nações Unidas que cuida dos temas agricultura e alimentação, divulgou um relatório que traz resultados espetaculares para o Brasil. No mundo, o Brasil foi um dos países que mais reduziu a fome nos últimos vinte anos. O número de cidadãos famintos caiu de 22,8 milhões para 13,6 milhões, entre 1992 e 2013. Com esses resultados, o Brasil já alcançou as chamadas Metas do Milênio, superando, em 54%, seu objetivo. Em 1990, 15% da população brasileira passava fome. Hoje, o número é de 6,9%.
Ao tomar posse na presidência da República, em janeiro de 2003, o ex-presidente Lula colocou como primeiro objetivo de seu governo a erradicação da fome. O programa Fome Zero, que depois foi incorporado por outras ações sociais, como o Bolsa Família, teve apoio de personalidades internacionais, como o cantor Bono Vox, que doou uma guitarra para a iniciativa.
Ainda existem no mundo, segundo a FAO, 842 milhões de famintos – em 1992, eram 1 bilhão. Curiosamente, enquanto caiu no mundo, a fome cresce nos países ricos, onde o número de famintos aumentou em 500 mil pessoas. “Políticas de estímulo à produtividade agrícola podem dar uma contribuição decisiva para reduzir ainda mais a fome no mundo”, disse o brasileiro José Graziano, que chefia a FAO e foi um dos mentores do Fome Zero.
O deputado Fernando Marroni (PT-RS) registrou em plenário a importância do relatório da FAO. “O Brasil foi o país em que a velocidade de combate à fome foi o dobro da média mundial”, avaliou Marroni. “Já erradicamos a fome de 10 milhões de pessoas no País, atingindo as metas do milênio que estavam previstas para 2015. Vivemos num país de pleno emprego, num país com políticas públicas onde a economia e a inflação estão controladas”, enfatizou o parlamentar petista.
Equipe PT na Câmara dos Deputados
Foto: Gustavo Bezerra