Dois presidenciáveis do campo democrático, Guilherme Boulos (PSol) e Manuela D’Ávila (PCdoB), declararam publicamente na noite desta quinta-feira (5) estarem unidos na resistência em apoio ao ex-presidente Lula, cuja prisão arbitrária – fruto de uma condenação sem provas – foi determinada pelo juiz Sergio Moro no fim da tarde. Boulos e Manuela já haviam, na semana passada, firmado compromisso, em Curitiba (PR), de compor grande frente pró-democracia e antifascismo.
Nas redes sociais, Manuela – além de fazer uma convocação para que todos sigam para São Bernardo do Campo (SP), local da resistência – mandou um recado ao ex-presidente: “Seguimos juntos, Lula! O Brasil vale a luta”. De maneira semelhante, Boulos postou nas redes um vídeo em que fez a mesma convocação: “Estamos indo para São Bernardo do Campo, que é a trincheira da resistência democrática contra esse absurdo. Chamamos a todos para participar desse processo. É inadmissível”.
Boulos, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), disse que é momento de defender a democracia e de se colocar claramente contra a prisão de Lula. “É uma prisão arbitrária, absurda, uma prisão sem provas, política. Não dá para aceitar passivamente esse acinte. Mais uma vez, o juiz Sérgio Moro age como chefe de partido político, determinando a prisão de Lula. Visivelmente, é algo com uma determinação política, como foi todo esse processo, do início até agora”, detalhou.
De forma indignada, ele questiona: “Onde isso vai parar?”. E, por fim, dimensiona o tamanho da importância de fazer parte desse momento. “Não se trata de defender a figura do Lula apenas, é uma luta por justiça e por democracia. Todos que defendem a democracia no Brasil têm que fazer parte desse processo”.
PT na Câmara
Foto: Ricardo Stuckert