O vice-líder da bancada do PT na Câmara, Bohn Gass (RS), criticou hoje (7) duramente o comportamento “autoritário e arrogante” do líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), em razão de querer censurar o ministro do Trabalho e Previdência, Miguel Rossetto (PT), por este ter divulgado uma nota de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Trata-se de uma iniciativa arbitraria do líder do PPS, que se porta como buldogue da extrema direita ao querer calar um ministro por ter manifestado perplexidade com a ilegalidade cometida pelos membros da Lava-Jato contra o ex-presidente Lula na sexta-feira passada”.
O líder do PPS, que é um partido satélite do PSDB, ingressou hoje (7) na Procuradoria-Geral da República (PRG) com uma representação por ato de suposta improbidade administrativa contra Miguel Rossetto , sob alegação de que o ministro teria usado a assessoria e a estrutura da pasta para divulgar a nota de solidariedade a Lula.
Para Bohn Gass, o que Bueno quer fazer não passa de censura e evidencia como a oposição não tem projeto para o País e nem preocupação com a liberdade de expressão e a democracia, já que a prisão coercitiva de Lula foi condenada por todo o mundo jurídico, até pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello.
O vice-líder do PT criticou também a iniciativa do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), de protocolar representação na Procuradoria-Geral da República contra a presidenta Dilma Rousseff, por suposta improbidade administrativa, pelo fato de ter ido sábado (5) a São Bernardo do Campo, para visitar Lula.
Bohn Gass diz que a oposição DEM, PPS e PSDB é risível, por tomar iniciativas demagógicas, antidemocráticas e golpistas. “A presidenta Dilma foi eleita por 54 milhões de brasileiros e representa toda a população do País. Ela exerce seu cargo na plenitude e foi a São Bernardo para defender a democracia, ameaça por decisões do comando da Lava- Jato ao arrepio da lei”.
O parlamentar petista ironizou o golpismo udenista diuturno da oposição. “ Em vez de ver problema onde não existe, a oposição devia explicar como o presidente do PSDB, Aécio Neves , quando governador de Minas, usou o jatinho oficial para ir ao Rio de Janeiro mais de cem vezes, além de viagens a Búzios e até o balneário de Florianópolis. Qual o interesse público nessas viagens bancadas pelo contribuinte mineiro?”
Equipe PT na Câmara
Foto: Amanda Borges