O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), defendeu o afastamento imediato do capitão Jair Bolsonaro do cargo de presidente da República diante do rastro de destruição deixado por um governo genocida e supressor de direitos. Em artigo na revista eletrônica Focus, da Fundação Perseu Abramo, Bohn Gass apontou que além do negacionismo e de práticas genocidas diante da pandemia de Covid-19, há omissão absoluta do governo militar frente ao aumento da fome no País.
“Mais de 100 milhões de pessoas, hoje, no Brasil, não têm acesso a uma alimentação decente. O número de miseráveis triplicou nos últimos seis meses, de 9 milhões para 27 milhões de pessoas”, denunciou o líder do PT.
“Com o descaso e o negacionismo no combate à Covid-19, o ingrediente morte foi adicionado na desumana fórmula neoliberal de Bolsonaro/Guedes. Desalento e desesperança são as marcas do atual governo”, afirmou Bohn Gass.
Ele lembrou que nos governos Lula e Dilma – de 2003 até o golpe de 2016 – o Brasil saíra do Mapa da Fome Mundial, ao qual voltou agora. “Com o golpe de 2016, Michel Temer iniciou a trajetória de retrocessos que Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, aprofundaram. Reduziram os programas de renda mínima e abandonaram políticas públicas vitais como a de compras públicas para pessoas vulneráveis e alimentação escolar.”
Leia a íntegra do artigo:
“Bolsonaro trouxe de volta a fome e a miséria
Elvino Bohn Gass (*)
Dos muitos crimes do capitão Jair Bolsonaro, o mais grave é a omissão absoluta de seu governo diante do aumento da fome. Mais de 100 milhões de pessoas, hoje, no Brasil, não têm acesso a uma alimentação decente. O número de miseráveis triplicou nos últimos seis meses, de 9 milhões para 27 milhões de pessoas.
Desde o Fome Zero, do saudoso Herbert de Souza, o Betinho, no início do governo Lula, em 2003, travou-se uma luta incessante contra a falta de comida. No governo Dilma veio o resultado: o Brasil saiu do Mapa da Fome Mundial.
Mas, com o golpe de 2016, Michel Temer iniciou a trajetória de retrocessos que Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, aprofundaram. Reduziram os programas de renda mínima e abandonaram políticas públicas vitais como a de compras públicas para pessoas vulneráveis e alimentação escolar.
Tudo isso ao lado de uma política econômica elitista que privilegia o grande capital, em especial o estrangeiro, com cortes de direitos trabalhistas e previdenciários. Achataram o salário mínimo. Deixaram explodir os preços dos alimentos, do gás e dos combustíveis. Há quase 15 milhões de desempregados, 32 milhões de subempregados e uma classe média cada vez mais empobrecida.
Com o descaso e o negacionismo no combate à Covid-19, o ingrediente morte foi adicionado na desumana fórmula neoliberal de Bolsonaro/Guedes. Desalento e desesperança são as marcas do atual governo.
Para denunciar e lutar contra esse quadro sombrio, movimentos sociais, entidades da sociedade civil e parlamentares mobilizaram-se em 20 de abril, o Dia Nacional de Luta e Conscientização contra a Fome, por auxílio emergencial de R$ 600,00 até o fim da pandemia, vacina para todos e, claro, impeachment já do genocida Bolsonaro.
Neste cenário desalentador, a boa notícia para o povo brasileiro é que se começa a fazer justiça a Lula, que foi perseguido pela antipatriótica Lava Jato e agora teve sua inocência confirmada pelo Supremo Tribunal Federal e restabelecidos seus direitos políticos. Em 2003, no discurso de posse, Lula disse: “Se, ao final de meu mandato, cada brasileiro puder se alimentar três vezes ao dia, terei realizado a missão da minha vida”.
Lula realizou a missão. E esta talvez seja, hoje, a maior razão para que o povo queira sua volta ao governo, conforme apontam diferentes pesquisas: garantir que todo o povo brasileiro tenha o que comer.
(*) Deputado federal (PT-RS), líder do partido na Câmara dos Deputados”
Redação PT na Câmara