Bolsonaro não tem nada para apresentar de positivo de sua gestão patética e vergonhosa, critica Pimenta

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), desafiou a base de sustentação do governo Bolsonaro a apresentar uma única iniciativa ou ação positiva do governo nesses cem dias de gestão, completados nesta quarta-feira (10). “Me digam uma, apenas uma. Não tem. Ao contrário, ele prejudicou os produtores de leite, os produtores de soja, ofereceu a Amazônia para ser explorada pelos EUA e entregou a nossa Base de Alcântara. É um presidente que envergonha o Brasil, e é por isso, que tem os piores índices de aprovação de qualquer presidente depois da democratização do País”. E reforçou: “Bolsonaro é uma vergonha. Em cem dias não tem nada para apresentar de positivo na sua gestão melancólica, patética e vergonhosa”.

São cem dias de desgoverno, continuou Pimenta. “Cem dias de desintegração de uma mentira perversa que enganou o povo brasileiro, representando um consórcio daquilo que de pior a política brasileira produziu. A escória da política brasileira. Bolsonaro é uma mentira e sequer os deputados da base têm coragem de vir à essa tribuna, porque hoje já retiraram os adesivos dos carros, já tiraram as fotos do facebook”, provocou.

Paulo Pimenta afirmou que daqui a muito pouco tempo “nós vamos desmascarar” de maneira definitiva esse governo e tudo aquilo que ele representa. “Vamos derrotar essa tentativa de destruição da Previdência Pública, vamos desmascarar os esquemas criminosos da Lava Jato e a maneira perversa da eleição de Jair Bolsonaro, e vamos avançar nas investigações e provar que não são só incompetentes, são criminosos, milicianos e, mais dias, menos dias, estarão no banco dos réus pagando pelos crimes que cometeram e por tudo aquilo que de mal têm feito para o nosso País”.

Silêncio constrangido e envergonhado da base

O líder do PT destacou que cem dias de governo geralmente é uma data que marca líderes do governo subirem à tribuna para exaltar os feitos e realizações do governo. “Mas o que assistimos hoje aqui é um silêncio constrangido e envergonhado de uma base do governo acovardada diante do pior de todos os desempenhos de um presidente do País, após o período de redemocratização”, observou.

Paulo Pimenta recordou ainda que os que já conheciam Bolsonaro no Parlamento, sempre souberam que ele era uma “farsa, uma mentira, uma fake como ele gosta de dizer”. Segundo o líder do PT, Bolsonaro foi eleito em uma onda que envolveu “artifícios criminosos”, como a rede de fake news utilizada para disseminar mentiras. “Ele representa aquilo que de pior a política brasileira conhece. A escória da política brasileira. Além de covarde, é uma figura servil, que envergonha o Brasil”, reforçou.

Na avaliação do líder Pimenta, Bolsonaro em cem dias foi desmascarado em tudo aquilo que ele pretendia representar. “Não podemos esquecer que até hoje não foi ouvido o Queiroz. O homem que é o caixa da família Bolsonaro, dos esquemas criminosos dos seus filhos milicianos, bandidos envolvidos, inclusive, com as pessoas envolvidas no assassinato da vereadora Marielle Franco”. O deputado lembrou que a mãe e a esposa de um dos principais investigados pelo assassinato estavam nomeadas até o final do ano passado no gabinete de um dos filhos do presidente da República.

“Vamos derrotar a Reforma da Previdência”

Paulo Pimenta criticou ainda a proposta de Reforma da Previdência do governo. “É inacreditável, um presidente que a vida inteira foi aqui uma voz contra a Reforma da Previdência, mas que depois que assumiu a Presidência, rapidamente se vendeu ao mercado, representado pelo Paulo Guedes (ministro da Economia), que quer acabar com o direito de o povo se aposentar, como representante dos interesses dos bancos que ele é”, denunciou.

O líder do PT acusou ainda Bolsonaro de ter levado para o Ministério da Justiça um juiz [Sérgio Moro] que foi o algoz do ex-presidente Lula, “trazendo para dentro do governo a proteção para os esquemas criminosos da Lava Jato”. Na avaliação de Pimenta, isso foi uma articulação perversa e fundamental para impedir que Lula fosse presidente outra vez. “Agora já sabemos que não é só um esquema de poder, mas um esquema de dinheiro”, afirmou Pimenta, se referindo às denúncias de acordo com os Estados Unidos para criação de fundos privados bilionários, que os procuradores de Curitiba pretendiam administrar.

Lula poderia estar presidindo o Brasil

Paulo Pimenta concluiu deixando uma reflexão para os brasileiros: “Imagine que o Brasil poderia ter Lula como presidente, e, mesmo após o impedimento de Lula, o País poderia ter tido Fernando Haddad como presidente. Será que teríamos feito o que fez Bolsonaro, e nestes cem dias não ter absolutamente nada para apresentar como relatório das suas ações?”, indagou.

Vânia Rodrigues

 

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