O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), denunciou que o ex-capitão Jair Bolsonaro vai deixar o governo no dia 31 de dezembro com uma “descomunal herança maldita”. Ele assinalou, em artigo para a revista digital Focus Brasil, da Fundação Perseu Abramo, que “o Estado foi praticamente destruído, com a ruína de políticas públicas em áreas como educação, saúde, cultura, meio ambiente e promoção comercial”, numa ação danosa que se estendeu também ao campo social.
“O País nunca presenciou tanta concentração de renda em tão curto período, criando-se novos milionários e bilionários enquanto 33 milhões de pessoas passaram a ter fome e mais 100 milhões foram jogadas na insegurança alimentar, sem saber o que vão comer ao longo do dia”, escreveu Lopes.
O parlamentar assinalou que, à parte a política elitista, despreparada e geradora de miséria, com arrocho salarial e inflação, a dupla Bolsonaro e Paulo Guedes mostrou total incompetência. “O rombo no Orçamento ultrapassa a casa dos R$ 300 bilhões. Prometeu-se um Bolsa Família no valor de R$ 600,00 mas sem previsão orçamentária. Tiraram recursos do Farmácia Popular, das universidades e institutos federais, congelaram os repasses para a merenda escolar em míseros 36 centavos de real por aluno”, observou.
Nesse cenário de terra arrasada deixada pelo governo militar dirigido por Bolsonaro, Lopes pontuou que o principal desafio do governo Lula, além de colocar o Brasil nos eixos, será interromper o ciclo da pobreza e da fome. “O ponto central de seu governo será enfrentar essas mazelas deixadas pelo ex-capitão. Para isso, será fundamental o Congresso Nacional concluir a aprovação da PEC do Bolsa Família, que vai garantir o benefício social mensal no valor de R$ 600,00 e mais R$ 150,00 por criança de até seis anos. Serão R$ 145 bilhões de reais anuais fora do teto de gastos para a reparação social”.
Leia a íntegra do artigo:
“Herança maldita
por Reginaldo Lopes (*)
Os quatro anos de desgoverno Bolsonaro deixam uma descomunal herança maldita. O Estado foi praticamente destruído, com a ruína de políticas públicas em áreas como educação, saúde, cultura, meio ambiente e promoção comercial. O desastre se estendeu ao campo social: o país nunca presenciou tanta concentração de renda em tão curto período, criando-se novos milionários e bilionários enquanto 33 milhões de pessoas passaram a ter fome e mais 100 milhões foram jogadas na insegurança alimentar, sem saber o que vão comer ao longo do dia.
À parte a política elitista, despreparada e geradora de miséria, com arrocho salarial e inflação, a dupla Bolsonaro e Paulo Guedes mostrou total incompetência. O rombo no Orçamento ultrapassa a casa dos R$ 300 bilhões. Prometeu-se um Bolsa Família no valor de R$ 600,00 mas sem previsão orçamentária. Tiraram recursos do Farmácia Popular, das universidades e institutos federais, congelaram os repasses para a merenda escolar em míseros 36 centavos de real por aluno.
Para aumentar a nódoa na imagem externa do Brasil, o País deve R$ 5 bilhões a organismos internacionais, sem previsão orçamentária para honrar o compromisso. Servidores públicos estão sem reajuste salarial há sete anos. Não há recursos para serviços essenciais, que já estão paralisados ou prestes a entrarem em colapso. Há a ameaça do não pagamento de aposentados do INSS em janeiro, por incúria do ex-capitão.
Nesse cenário caótico, o principal desafio do governo Lula, além de colocar o Brasil nos eixos, será interromper o ciclo da pobreza e da fome. O ponto central de seu governo será enfrentar essas mazelas deixadas pelo ex-capitão. Para isso, será fundamental o Congresso Nacional concluir a aprovação da PEC do Bolsa Família, que vai garantir o benefício social mensal no valor de R$ 600,00 e mais R$ 150,00 por criança de até seis anos. Serão R$ 145 bilhões de reais anuais fora do teto de gastos para a reparação social.
Trata-se de um instrumento estratégico para tirar o Brasil do fundo do poço. Dá uma folga orçamentária que garantirá simultaneamente a justiça social e recursos para investimentos, aumento real do salário mínimo e a implementação de ações que vão garantir a retomada do crescimento econômico.
O governo atual deixa um orçamento impossível de ser executado, já que é uma peça de ficção, cheio de furos em todas as áreas. Basta dizer que não há previsão orçamentária sequer para vacinação em 2023. Com rearranjo orçamentário e a aprovação da PEC, prevê-se a retomada das obras públicas no Brasil, o que poderá impulsionar a economia, gerando milhões de empregos no curto e longo prazos.
O Brasil padeceu nesses últimos quatro anos com um governo neofascista desastroso, autoritário e contrário aos interesses nacionais e populares. Felizmente, o pesadelo está prestes a acabar. Faltam poucos dias para a posse de Lula e o Brasil voltar sorrir de novo.
(*) Economista, deputado federal por Minas Gerais e líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados”
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Redação PT na Câmara