A Itália é um dos países que receberão, no segundo semestre, bolsistas de graduação sanduíche do programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Segundo um levantamento feito pelo Setor de Cooperação Educacional italiano, no âmbito do Programa de Apoio a Estudantes Brasileiros (Paeb), cerca de 70% dos 396 bolsistas de graduação do programa que se encontram atualmente na Itália já foram beneficiados com experiência de estágio ou de participação em projetos.
Há exemplos de destaque, como é o caso do estudante Dilermando da Costa Ferreira Neto, de 21 anos, do curso de engenharia de controle e automação da Universidade do Estado do Amazonas (Ueam). O bolsista participou do grupo vencedor de competição realizada pela Nasa na Itália, o projeto Green on the Red Planet, que tem como objetivo o desenvolvimento de estufa automática com capacidade para alimentar quatro astronautas em Marte.
A equipe, que inclui uma chinesa, um indiano e 13 italianos, venceu 20 outras equipes. No grupo, o bolsista brasileiro, um dos principais idealizadores do projeto, é responsável por encontrar soluções criativas para a utilização de fontes sustentáveis de energia para a estufa.
Todas as instituições de ensino superior italianas do Ciência sem Fronteiras têm convênios com empresas e institutos de pesquisa que ofertam vagas de estágio a estudantes de graduação. Em coordenação com a embaixada brasileira no país, a Secretaria Técnica do CsF Itália, sediada na cidade de Bolonha, divulgou o programa entre instituições italianas, públicas e privadas, que poderiam oferecer estágio aos bolsistas.
Em muitos casos, o setor de estágio da própria universidade é o instrumento de auxílio aos estudantes. A Telecom Itália/Tim, por exemplo, oferece semestralmente 50 vagas para o programa nos centros de pesquisa que mantém em Roma, Trento, Turim e Veneza.
Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação