O programa Bolsa Família, que completará 10 anos de existência no dia 20 de outubro, recebeu da International Social Security Association (ISSA, Associação Internacional da Seguridade Social), entidade fundada na Suíça em 1927, o prêmio que é considerado o “Nobel social”.
Trata-se do “Award for Outstanding Achievement in Social Security”, algo como “Prêmio por Realização Proeminente na Seguridade Social”, mais conhecido como “Prêmio Issa”.
Segundo o comunicado divulgado pela instituição, o Bolsa Família é “o maior programa desse tipo no mundo” e “visa quebrar o ciclo de pobreza intergeracional que pode resultar em dependência social”.
Para o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), o prêmio chega em boa hora e sepulta de vez a credibilidade das vozes críticas e contrárias ao programa. “É uma vitória extraordinária para o Brasil e para os pobres do nosso país e do mundo, já que o Bolsa Família vem sendo copiado em dezenas de países”, afirmou Guimarães.
“Não adiantava o Brasil crescer e concentrar renda. O ‘segredo’ do nosso governo é que o Brasil cresceu porque está distribuindo renda e, com o Bolsa Família, está promovendo uma verdadeira revolução social, o que é motivo de muito orgulho para nós do PT”, complementou o deputado.
Guimarães também ressaltou o programa como uma marca petista no governo. “Mesmo governando com uma coalizão ampla, com forças de centro, o PT não perdeu a sua identidade política e ideológica com aqueles que mais precisam de um governo de esquerda, que são as famílias mais pobres desse imenso país”, enalteceu o petista.
Em coletiva de imprensa concedida no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (15), em Brasília, a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que a “premiação internacional reconhece o esforço do país para construir uma rede de proteção social”.
Durante a coletiva o Ipea apresentou um estudo inédito sobre o impacto da iniciativa sobre a economia brasileira. De acordo com Marcelo Neri, presidente do instituto, “cada real gasto com o Bolsa Família impacta a desigualdade 370% mais que a previdência social” e faz a economia girar 240%. Neri disse que, comparado com outras despesas, o programa consome poucos recursos (0,5% do PIB). “Os EUA gastam 2% do PIB com programas sociais, e os países europeus ainda mais”, informou.
Confira o estudo do Ipea:
Rogério Tomaz Jr.
Ouça o Deputado Zeca Dirceu na Rádio PT
