Boletim 627 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia
Direto de São Bernardo do Campo – 9/11/2019 – 581 dias de resistência – 19h05
- A imagem do dia é a mesma de 7 de abril de 2018. A disposição da militância também. Mas se há um ano e sete meses milhares de pessoas queriam impedir a prisão política de Lula, neste sábado, 9 de novembro de 2019, elas queriam abraçar o presidente mais popular da história do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva mais uma vez transformou o entorno do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), no centro da resistência popular contra o arbítrio e retrocessos sociais e institucionais. Em discurso histórico, Lula criticou o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL), a Lava Jato, a Rede Globo e convocou a população a se mobilizar contra o desmonte do Brasil. Leia mais: https://tinyurl.com/y3u68qcw
- Feliz, emocionado e bem-humorado, Lula agradeceu a todos pelo apoio durante o tempo em que ficou no cárcere político e deu um recado: “Não tem ninguém que conserte esse País, se vocês não quiserem consertar. Não adianta ficar com medo das ameaças que ele (Bolsonaro) faz na tevê, que vai ter miliciano, que vai ter AI-5. A gente que ter a seguinte decisão: esse País é de 210 milhões de habitantes e não podemos permitir que os milicianos acabem com esse País que construímos”, afirmou. E avisou a seus opositores: “Estou com mais coragem de lutar do que quando saí daqui. Lutar para que o trabalhador tenha carteira assinada, tenha direito de reunir a família, fazer um churrasco e tomar uma cervejinha, que é o que deixa a gente feliz”, afirmou para a multidão que se aglomerou em frente ao prédio do sindicato. Leia mais: https://tinyurl.com/yyajo45m
- Neste sábado (9), depois de 580 dias consecutivos, não houve as saudações matinais e vespertinas ao ex-presidente na Vigília Lula Livre, em Curitiba. Os militantes que ao longo de 1 ano, 7 meses e 3 dias se mantiveram na Vigília a fim de se solidarizar com Lula e defender a democracia no País dedicaram o dia a um mutirão de limpeza e desmonte do espaço. A Vigília foi visitada por Lula ontem – e lá fez um discurso emocionado de agradecimento pelo continuo apoio dado a ele. Vários objetos de cunho histórico, como cartas recebidas e faixas, estão sendo guardados, segundo Roberto Baggio, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) e um dos organizadores da Vigília . Um dos itens de maior importância histórica é o livro de presença dos que estiveram no espaço de resistência. O livro foi assinado ontem por Lula.
- Um ano, 7 meses e 3 dias- este é o período que durou o Boletim do Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia, iniciado no dia 6 de abril de 2018, um dia depois que o ex-juiz Sérgio Moro decretou a prisão arbitrária de Lula. O primeiro boletim foi divulgado diretamente de São Bernardo do Campo, ao meio-dia de 6 de abril do ano passado. O objetivo, desde o início, foi informar ao Brasil e ao mundo sobre a prisão ilegal de Lula sob a ótica do PT e de juristas brasileiros e de vários países. Desde então, foram escritos 627 boletins, em português e inglês, narrando tudo o que se relacionava a Lula, à Vigília Lula Livre em Curitiba e a movimentos no Brasil e no mundo em defesa da libertação do ex-presidente. A equipe responsável pelo boletim agradece a todos os que contribuíram, de um forma ou outra, para sua elaboração, bem como aos militantes e simpatizantes que no Brasil e no mundo o distribuíram nesses 582 dias. O boletim, assim como a prisão de Lula, agora é história.
Boletim 627 – Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia
Direto de São Bernardo do Campo – 9/11/2019 – 581 dias de resistência – 19h05