Bohn Gass: ‘Ponte para o futuro’ de Temer é uma cópia piorada do modo tucano de governar

BohnGass Salu

O deputado Bohn Gass (PT-RS) denunciou hoje (20) que um dos motivos principais para a realização do golpe liderado pelo vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Eduardo Cunha (ambos do PMDB) – travestido no que chamam de ‘’impeachment ‘’– é ferir de morte os direitos sociais e trabalhistas e abrir caminho para as petroleiras estrangeiras tomarem conta do pré-sal.
Em artigo publicado no portal UOL, o parlamentar critica o programa do conspirador Temer — a ‘’ ‘Ponte para o futuro’’’ – que além de não abordar a questão do combate à corrupção, mostra claramente os retrocessos defendidos pelos golpistas. ‘’O verdadeiro Temer defende desvincular o reajuste do salário mínimo da inflação. E não vê problema em os aposentados ganharem menos do que o piso salarial’’.
Bohn Gass lembra que a articulação golpista que envolve Temer, Cunha, os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e José Serra (SP) e Fiesp prevê também privatizações , ataques aos direitos trabalhistas e redução drástica de benefícios como Bolsa Família e ProUni. “Trata-se, por fim, de um retorno à privataria e à liquidação do patrimônio público. Estão lá, mal disfarçadas, as máximas do Brasil do atraso: um país para poucos e um governo aliado ao andar de cima“, diz.
Abaixo, a íntegra do artigo:

“Ponte para o futuro’ é uma cópia piorada do modo tucano de governar

No ensaio para o que seria seu discurso de posse, que só acontecerá se a conspiração golpista se consumar, Michel Temer não assume nenhum compromisso com o combate à corrupção. Faz lógica. Temer é parte interessada no medonho “acordão” que visa livrar da cadeia todos os corruptos que apoiam o impedimento de Dilma. Daí que o discurso não revela nada mais do que o caráter franzino de seu autor.

O verdadeiro Temer, contudo, não é esse dos recados propositadamente vazados, mas o que assina o documento chamado “Ponte para o Futuro”. O verdadeiro Temer defende desvincular o reajuste do salário mínimo da inflação. E não vê problema em os aposentados ganharem menos do que o piso salarial. Consumado o golpe, Temer não começará por cima, mas por baixo, fazendo pobres ficarem mais pobres.

Há quem pense que a pior parte do golpe seria Eduardo Cunha na condição de vice. Mas há coisas ainda piores e já anunciadas. Basta ler a tal “ponte”. Lá está escrito, por exemplo, que “o Brasil gasta muito com políticas públicas”. Traduzindo: os brasileiros têm direitos demais, inclusive trabalhistas. Lá está escrito que um eventual governo ilegítimo de Temer criará um comitê para avaliar programas estatais, o que não passa de um biombo por trás de onde tentarão justificar a redução drástica de benefícios como Bolsa Família e ProUni.

Não é por outra razão, mas por compartilhar do assalto aos direitos sociais e trabalhistas, que gente como os senadores tucanos José Serra (PSDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) e entidades patronais como a Fiesp (que pôs jatinhos à disposição de deputados que quisessem votar pelo impeachment/golpe) e a CNI (que na manhã seguinte à aprovação do golpe pela Câmara, já defendia o fim do regime de partilha na exploração do petróleo do pré-sal) estão apoiando e sustentando a conspiração para levar Temer à presidência.

Afinal, a “ponte” não passa de uma cópia piorada do modo tucano de governar. Trata-se, por fim, de um retorno à privataria e à liquidação do patrimônio público. Estão lá, mal disfarçadas, as máximas do Brasil do atraso: um país para poucos e um governo aliado ao andar de cima.

Do mesmo PMDB de Temer, o senador Roberto Requião (PR) lê as entrelinhas da tal “ponte” e enxerga nela duas medidas criminosas: a) o fim do regime de partilha e o retorno ao regime de concessões (aí incluído o estratégico pré-sal); b) a sustação do projeto do Brics, submetendo o país às parcerias econômico/políticas lideradas pelos EUA.

Entender tais ideias como retorno ao tempo em que, como bem lembrou Chico Buarque, falávamos fino com os norte-americanos e grosso com a América Latina é compreender o verdadeiro sentido de um pretenso governo Temer e de sua “ponte”.

O entreguismo típico da elite associada ao capital transnacional e a subserviência geopolítica que privilegia investidores estrangeiros desconsidera a proteção ambiental e agride a soberania nacional constituem, pois, a síntese do ideário golpista. Oposição e resistência a isso tudo é que anunciamos quando dizemos que não vai ter golpe, vai ter luta.

Elvino Bohn Gass (PT-RS), deputado federal e vice –líder do partido na Câmara’’
Artigo publicado originalmente no portal UOL em 20 de abril de 2016

Equipe PT na Câmara

Foto: Salu Parente

 

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100