O deputado Bohn Gass (PT-RS) ocupou a Tribuna nesta quarta-feira (6) para revelar ao país como atuam os golpistas e o “modus operandi” daqueles que orquestram a tentativa de golpe. “Em primeiro lugar, o presidente da Câmara Eduardo Cunha é réu no processo da Lava-Jato e precisa ser afastado por isso. Por outro lado, não há nenhum crime contra a presidenta da República, absolutamente nada. E o golpista Eduardo Cunha diz que fica, sendo até homenageado por alguns outros golpistas, e diz que a presidenta Dilma deve ser afastada. Esse é o modus operandi de um golpista”, explicou o petista.
Outra ação dos golpistas, segundo Bohn Gass, acontece no Conselho de Ética da Câmara. “O colegiado está sofrendo manobras há meses para que não haja a responsabilização e o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Manobras e mais manobras: o modus operandi de um golpista. Já a Comissão do Impeachment trabalha com pressa para poder votar. Esse é o modus operandi de um golpista”.
Bohn Gass acrescentou também que outro “modus operandi golpista” é afirmar que o processo de impeachment é para combater a corrupção. “Na verdade, quando eram governo, colocavam tudo debaixo do tapete, não apuravam nada. E, agora, querem se colocar como os arautos do combate à corrupção. Querem, sim, afastar a presidenta Dilma, para poder voltar ao tempo em que não havia o combate à corrupção. É o modus operandi de um golpista”.
Com esses exemplos, explicou o deputado Bohn Gass, “quero mostrar que a sociedade brasileira está rechaçando o golpe porque percebeu que os golpistas estão manobrando. É por isso que segmentos sociais — cultural, religioso, sindical, popular —, em todos os lugares, estão fazendo manifestações. E nós podemos dizer: Não vai ter o golpe, porque a democracia não pode ser rompida no Brasil”, finalizou o petista.
Gizele Benitz
Foto: Salu Parente/PT na Câmara
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