BNDES bate recorde em desembolsos e desmonta previsões pessimistas e teses agourentas

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Os recursos desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 88,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, um aumento de 65% na comparação com mesmo período do ano passado. Ao anunciar o resultado, o presidente da instituição, Luciano Coutinho, disse que foi o melhor desempenho já obtido pelo banco em um primeiro semestre.

“Foi um bom resultado em todos os níveis, no desembolso, nas consultas, aprovações e nos enquadramentos”, disse ele. “Pela nossa percepção, o primeiro semestre revela a continuidade do investimento, o que contrasta um pouco com as expectativas do setor privado”.

O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), integrante da Comissão Mista de Orçamento, classifica o balanço de desembolso do BNDES como um dado positivo que evidencia a retomada de um ciclo de aceleração pela economia brasileira. “Revela também que há uma demanda maior por crédito por parte das empresas. E isso é bom, porque é investimento, não é crédito só para consumo. É crédito que vai gerar atividade econômica, capacidade produtiva”, afirma.

O deputado Cláudio Puty (PT-PA), membro da Comissão Mista de Finanças e Tributação,faz uma avaliação nesse mesmo sentido. Para ele, o resultado demonstra que o leve aumento dos juros empreendido nos últimos meses para fins de combate inflacionário não teve impacto sobre o investimento de longo prazo. “Os agentes econômicos entenderam que esse aumento de juros é temporário, e esse desembolso do BNDES demonstra que eles estão investindo”, diz.

Puty também ressalva que se trata de um bom previsor de crescimento futuro, já que o País está ampliando sua capacidade produtiva na indústria e no agronegócio. Por último, analisa o petista, os dados fazem cair por terra as previsões alardeadas durante todo o primeiro semestre pelos tucanos acerca do descontrole da inflação, do crescimento pífio do Brasil e da necessidade de reorientar a política econômica.

O deputado comparou a postura do PSDB e dos neoliberais à de Orson Welles, que durante uma transmissão radiofônica, em 1938, nos Estados Unidos, narrou uma invasão de extraterrestres. “Esses indicadores demonstram que os marcianos não invadiram a Terra, que era só um boato do PSDB e dos neoliberais e que a política de capitalização do BNDES e o PSI [Programa de Sustentação de Investimento] são consistentes e representem uma alternativa correta para aumentar a capacidade produtiva do País num longo prazo”, argumenta. 

Micro e pequenas – Do total desembolsado pelo banco, R$ 21,9 bilhões se destinaram às micro, pequenas e médias empresas, sendo R$ 32,4 bilhões para as de menor porte, ou 37% dos desembolsos da instituição. Regionalmente, houve crescimento de 101% nas liberações para o Sul e 93% para o Nordeste.

O deputado Assis Carvalho (PT-PI), analisa que “|esse dado regional demonstra o resultado do esforço do governo federal para buscar certo equilíbrio entre as regiões do País, já que tínhamos um modelo de pequena e micro empresa baseado na informalidade. Isso porque não havia uma política bem definida como ocorre hoje, e esse balanço traz esse resultado positivo”, opina.

Liberação setorial – O balanço revela que a indústria teve R$ 29,5 bilhões desembolsados (33% do total), um crescimento de 93%, com destaque para os segmentos de química e petroquímica, mecânica e material de transporte. A infraestrutura contou com 31% do total de desembolsos, R$ 27,3 bilhões, um crescimento de 36%. Já o setor de comércio/serviços teve desembolsos de R$ 22,2 bilhões, com participação de 25% sobre o total liberado pelo banco, um aumento de 62%. O setor de agropecuária recebeu R$ 9,34 bilhões, 111% de crescimento na participação.

PT na Câmara com Agências

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