Best-seller demonstra que julgamento do “mensalão” no STF foi político

De autoria do jornalista Paulo Moreira Leite, o livro “A outra história do mensalão – As contradições de julgamento político” (Geração Editorial), ingressou em poucos dias nas listas dos mais vendidos do País e serve de contraponto à posição quase unânime da grande mídia, de acusar os réus e pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) pela condenação sumária dos mesmos.

A obra, lançada no último dia 19, tem prefácio do articulista Jânio de Freitas, da Folha de São Paulo, e reúne artigos do autor publicados em sua coluna no site da revista Época, além de alguns textos inéditos, sobre o processo da ação penal 470, o chamado “mensalão”.

Na opinião do jornalista Paulo Henrique Amorim, da Rede Record e do blog Conversa Afiada, o livro do seu xará expõe as contradições e falhas do STF. “O Paulo Moreira Leite desmistificou o Supremo, retirou a sua aura de infalibilidade e de imparcialidade, mostrou que foi uma decisão injusta, partidária, que partiu de premissas falsas. O Supremo condenou sem provas e criou uma legitimidade baseada em doutrinas falsificadas e adaptadas de forma canhestra e o livro mostra toda a fragilidade da decisão”, criticou Amorim.

O fato de o livro ter sido escrito por um jornalista do grupo Globo, cujos veículos – juntamente com quase todo o restante da mídia comercial – cobriram o julgamento numa perspectiva puramente condenatória, sem se importar com os autos ou com as argumentações da defesa ou mesmo com as incoerências da acusação e dos ministros do STF, reforça a sua credibilidade, já que o autor comprovou a independência do seu pensamento.

Para o deputado José Genoino (PT-SP), réu da ação penal, o livro é oportuno para a sociedade se informar sobre a verdade do processo. “É um material bem escrito, objetivo, que traz uma contra-narrativa ao oficialismo do Supremo e do massacre midiático. E é uma grande contribuição para desmontar alguns fetiches que foram construídos durante o julgamento”, afirmou Genoino.

Outro a considerar importante a obra foi o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), também réu no processo. “O livro dialoga com a realidade e é a narrativa de um jornalista independente e corajoso que teve a altivez de expressar a sua opinião de forma aproximada dos acontecimentos factuais, que foi um julgamento de exceção, feito sem provas ou contra as provas. A partir desta obra, poderemos fazer a nossa narrativa, com mais profundidade, para mostrar que se tratou de um julgamento político, que buscava condenar não pessoas, mas a legenda e a história do nosso partido”, disse Cunha.

Lançamento – Em Brasília, o livro será lançado na próxima quarta-feira (6), a partir das 19h, no Bar Brahma, na 201 Sul.

Rogério Tomaz Jr.

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