Berzoini expõe neoliberalismo tucano tentando “sair do armário”

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Em pronunciamento na tribuna da Câmara, na quarta-feira (13), o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) expôs um balão de ensaio do neoliberalismo tucano, que deixou a economia brasileira em frangalhos e só foi recuperada a partir de 2003, com o início da gestão do PT.

“Com a proximidade das eleições, algumas figuras vão literalmente saindo do armário no plano econômico. A imprensa tem procurado aí quem seriam, digamos, os ideólogos econômicos do candidato da oposição, o senador Aécio Neves, e entrevistou um deles, o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que começou a criticar de maneira pesada a gestão econômica do governo Dilma”, apontou Berzoini.

O parlamentar lembrou que era deputado de oposição quando Armínio Fraga dava as no Banco Central e “fez tanta barbeiragem na gestão da política econômica, da política monetária” que causou enormes prejuízos e assustou o mercado.

“Talvez vocês não se lembrem, ele determinou a marcação a mercado dos títulos de renda fixa, dos títulos da dívida interna, dos fundos de investimento, provocando perdas reais no mês que chegaram até a 5% em alguns fundos, assustando todo o mercado de renda fixa, que é o mercado que sustenta a rolagem da dívida interna do País”, disse Berzoini, citando a redução da dívida interna, que alcançou 60% do PIB brasileiro durante o governo FHC e hoje está em torno de 35% do PIB, graças às gestões do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma.

Na entrevista, falando sobre a tal da austeridade que propõe para a economia, Fraga declarou que é preciso acabar com a política de aumento real do salário mínimo. E falou também que essa política de desoneração tributária está equivocada, que é preciso fortalecer a política fiscal.

“Ora, esse é o maior equívoco dos neoliberais, que praticam esse equívoco na Grécia, na Espanha, em Portugal, sob o tacão da primeira-ministra Angela Merkel, que comanda com mão de ferro o Banco Central Europeu. Ao acreditar que austeridade gera qualidade fiscal, através da repressão ao crescimento econômico, através da retração de benefícios sociais, de políticas de salário, provocam na verdade queda da arrecadação e crise fiscal”, rebateu Berzoini.

“Não é por outro motivo que boa parte da Europa está em crise fiscal, apesar da austeridade. Ou melhor, por conta da austeridade, a falsa austeridade que esses neoliberais propõem para o Brasil”, completou o petista.

Berzoini citou ainda o comentário de Aécio Neves sobre a entrevista de Fraga. “Ao ser indagado, Aécio disse: ‘Olha, eu respeito muito o Armínio Fraga, mas ele não fala por mim, porque não há clima para mudar a política do salário mínimo’. Ou seja, confessou que se houvesse clima, ele proporia a mudança, se houvesse clima ele faria aquilo que fizeram no governo Fernando Henrique Cardoso, que foi arrochar os salários, que foi provocar desemprego, que foi provocar retração econômica, enfim, aquilo que foi feito durante o Governo Fernando Henrique Cardoso, que provocou uma taxa de desemprego de 13%”, recordou o deputado.

“Hoje nós temos 5,6% de desemprego, apesar da mais desafiadora conjuntura econômica mundial, nós alcançamos, nesse cenário, o recorde positivo de queda da taxa de desemprego. Portanto, que venha o debate econômico, que venha o debate democrático para que nós possamos desmascarar os neoliberais que ainda estão no armário, porque alguns já estão saindo animados, para que possam promover a recessão, para que possam promover a retração e a falsa austeridade”, concluiu Berzoini.

Rogério Tomaz Jr.

 

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