Berzoini defende decisão do governo sobre participação acionária no BB

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O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) elogiou em pronunciamento no plenário a decisão da presidenta Dilma de autorizar a elevação de 20% para 30% da participação estrangeira no capital do Banco do Brasil (BB). O decreto presidencial foi publicado na semana passada.

“É importante destacar que essa participação no capital do Banco do Brasil tem hoje no mercado o chamado Free Float, ou seja, ações negociadas no mercado do capital do banco. Então, o decreto simplesmente permite que – no limite que nunca acontecerá, porque há muitos acionistas nacionais – o Banco do Brasil pode ter até 30% de estrangeiros na composição do capital. Então, o aumento da participação de estrangeiros e a autorização dada pela presidenta Dilma, em relação ao Banco do Brasil, não comprometem o controle acionário da União em relação ao Banco”, explicou.

Berzoini rebateu afirmações divulgadas na internet de que o aumento da participação estrangeira significaria a privatização do Banco do Brasil. “Eu quero esclarecer à Nação – até porque ninguém é obrigado a ter informações profundas sobre as questões de composição acionária do Banco do Brasil – que o Banco do Brasil não tem qualquer expectativa ou possibilidade de privatização enquanto o Partido dos Trabalhadores e seus aliados governarem este País”, frisou.

“Não há qualquer risco de privatização, e esses boatos da Internet merecem ser combatidos, porque certamente é de gente que já quis privatizar o Banco do Brasil no passado e agora se esconde no anonimato da Internet, para tentar atacar a gestão da presidenta Dilma Rousseff e do ministro Guido Mantega. Já houve quem tenha contratado a Consultoria Booz-Allen, para fazer um estudo sobre eventual privatização do Banco do Brasil, da Caixa, do BNB e do BASA, mas isso foi antes do governo do Partido dos Trabalhadores”, afirmou Berzoini.

Diferentemente do que fizeram os antecessores de Lula e Dilma, o PT agiu, segundo destacou o deputado, em prol da instituição. “O Banco do Brasil foi fortalecido, foi tratado como instrumento estratégico. E na crise financeira de 2008, o Banco do Brasil teve um papel fundamental, um papel anticíclico, para combater a retração no crédito que tanto os bancos nacionais privados quanto os bancos estrangeiros praticaram naquele momento”, enfatizou.

Ele explicou também que, entre governo e funcionários, através do fundo de previdência, são 70% do capital, isto é, mais de 20% acima do mínimo para manter o controle acionário. “Portanto, o Banco do Brasil continua público, continua um banco estatal, que tem uma missão institucional importante para o País e, certamente, assim continuará”, finalizou Berzoini.

Gizele Benitz

Foto: Gustavo Bezerra

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