A bancada feminina da Câmara se mobiliza para votar a proposta de emenda à Constituição (PEC 590/06), da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que assegura a representação proporcional de homens e mulheres na composição das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. A expectativa do colegiado é que o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), inclua o tema na pauta de votações do plenário neste segundo semestre.
De acordo com a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), a votação da PEC 590 “não é uma imposição, mas o resgate do papel feminino na política brasileira, em uma sociedade machista e patriarcal”. Segundo a deputada, é preciso mudar a cultura do País e garantir às mulheres a ocupação de cargos importantes, entre eles, nas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado, nas comissões especiais, em relatorias e em missões especiais. “O primeiro passo foi dado pela presidenta Dilma ao escolher mulheres para cargos de alto escalão como ministérios e a presidência da Petrobrás. Agora, o Parlamento precisa fazer a sua parte”, destacou Benedita.
A bancada feminina se reúne hoje para discutir a reforma política e reafirmar o apoio ao financiamento público de campanha, a votação em lista fechada e a paridade entre candidatos homens e mulheres, como forma de garantir equilíbrio de gênero na representação parlamentar.
Agenda – A representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, que tem uma carreira marcada pela defesa dos direitos femininos, especialmente os de caráter sexual reprodutivo, será apresentada ao colegiado durante o encontro marcado para as 17h, no plenário 5. “Essa visita fortalece a nossa luta pelo partido da mulher”, explica Benedita.
Além das parcerias importantes entre o Brasil e a Organização das Nações Unidas, a petista lembrou que o Brasil é “referência” junto a ONU na implementação de políticas públicas para às mulheres como a Lei Maria da Penha (Lei 11.340), sancionada pelo ex-presidente Lula, em 2006.
Ivana Figueiredo com agência Câmara.
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Foto: Salu Parente