Benedita da Silva homenageia Carolina de Jesus

BeneditaSA deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ocupou a Tribuna nesta semana para homenagear Carolina de Jesus, autora do livro “Quarto de Despejo”, traduzido em 13 idiomas nos últimos 35 anos. “Hoje (15) está fazendo 35 anos do falecimento de Carolina de Jesus, negra,  favelada, semianalfabeta, escritora de Quarto de Despejo, que tem me inspirado na vida pública, na defesa do interesse das trabalhadoras domésticas”, disse.

De acordo com Benedita da Silva, a escritora Carolina de Jesus é um dos alguns personagens que os livros escolares não registram. “Poetas e contistas de ambos os sexos, espalhados por todo o Brasil, vêm escrevendo e publicando desde a década de 60, mas continuam quase completamente ignorados e  silenciados. Um exemplo é Carolina de Jesus, que vivia a perambular pelas ruas de São Paulo, catando papéis para sua sobrevivência. Passou a escrever seu dia-a-dia, registrando suas dificuldades e lágrimas e tornou-se uma escritora de sucesso”, ressaltou.

A parlamentar petista discorreu sobre a vida de Carolina de Jesus, mineira de Sacramento. “Aos 33 anos, em 1947, mudou-se  para a extinta favela do Canindé, na zona norte, e trabalhou como doméstica por alguns anos. Cansada de humilhações e baixos salários deixou os patrões para trabalhar como catadora de papel – cargo que exerceu até sua morte. Passou a  dividir seu tempo entre catar papel, cuidar dos filhos e escrever. Seus escritos foram descobertos por um jornalista. Admirado com o que Carolina de Jesus escreveu, fez as revisões necessárias e conseguiu a publicação,  resultando no livro Quarto de despejo”.  “Carolina de Jesus deixou de ser catadora para distribuir pérolas literárias”, afirmou.

A obra,  acrescentou a deputada Benedita da Silva, “é até hoje referência em estudos culturais, tanto no Brasil como no exterior. Essa obra resgata e relata uma face da vida cultural brasileira quando do início da modernização das cidades brasileiras e da criação de suas favelas.

Além disso, inspirou  diversas expressões artísticas como letra de samba e adaptação teatral”, finalizou a petista.

Gizele Benitz

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