A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ocupou a tribuna ontem, em nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores, para elogiar as iniciativas implementadas pelo governo brasileiro nos últimos anos e que, de acordo com ela, “fizeram o País se tornar referência internacional no combate à fome e na garantia da segurança alimentar”. Na tribuna, o deputado Zé Geraldo (PT-PA) também destacou os avanços sociais e econômicos do País com a implementação de programas de transferência de renda.
Benedita da Silva ressaltou que a experiência brasileira de políticas públicas de combate à fome e à extrema pobreza está sendo compartilhada com os países da América Latina e Caribe, na 33ª Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O encontro termina hoje, em Santiago, no Chile.
“O objetivo fundamental do evento é discutir avanços das metas. E no Brasil, os dados mostram que entre 1992 e 2013 o número de brasileiros que passam fome caiu de 22,8 milhões para 13,6 milhões, uma diminuição de 40%”, afirmou Benedita da Silva.
A parlamentar petista também elogiou o discurso de abertura da conferência pelo diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano, que, de acordo com Benedita da Silva, “foi esclarecedor e positivo”. De acordo com José Graziano, em nenhum outro período da história, a região contou com todas as condições para erradicar a fome. “Atualmente, os países dispõem de alimentos, conhecimentos técnicos e recursos financeiros necessários, e o mais importante: vontade política dos governos e das sociedades trabalhando em conjunto para acabar com esse grave problema”, frisou o diretor da FAO.
O deputado Zé Geraldo destacou a importância que o governo tem dispensado também para reajustar o valor do benefício repassado por meio do Bolsa família, que, segundo ele, somente na atual gestão acumula um aumento real de 44%. “Com isso, o valor médio pago aos beneficiários do programa passou de 94 reais, em 2011, para 167 reais”, disse. Ele falou ainda dos impactos do Bolsa Família nas áreas da saúde e da educação. “É importante ressaltar que, além de melhorar a situação financeira das famílias beneficiadas, o programa impacta diretamente na redução da mortalidade infantil, desnutrição e aumenta a garantia de estudo das crianças brasileiras”.
Benedita da Silva avaliou que esses resultados demonstram que meninos e meninas brasileiros estão hoje cercados de uma segurança provida pelo Estado, mas afirmou que ainda há a necessidade de que outras crianças passem a dispor dessa mesma proteção. “Esses números, esses dados e os efeitos do Bolsa Família devem ser contados por todos os partidos, não apenas pelo PT – o partido da presidenta Dilma, o partido do ex-presidente Lula, o partido de uma bancada aguerrida nesta Casa. Devem ser contados por todos aqueles que têm um compromisso não apenas com o combate à fome e à miséria, mas com a inclusão, com a educação, com a saúde, com a assistência de um povo necessitado”, enfatizou.
Atualmente, a experiência brasileira em segurança alimentar e nutricional está sendo adaptada em 10 países: Antígua e Barbuda, Bolívia, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Paraguai e Peru.
Gizele Benitz