Com a presença de mais de 1500 militantes de movimentos sociais que atuam em todos os campos sociais e com todos os temas, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou, nesta quinta-feira (13), o seu compromisso com a agenda de crescimento e desenvolvimento social e reiterou o seu compromisso com a democracia. “Na minha vida eu mudei muito porque a gente aprende. Mas eu nunca mudei de lado”, afirmou a presidenta.
A presidenta defendeu que, “custe o que custar”, a democracia deve ser preservada. “Se você não respeitar o resultado do jogo, não pode entrar no jogo”, declarou Dilma, num recado claro aos inconformados com a quarta derrota seguida nas eleições presidenciais.
Durante o encontro no Palácio do Planalto, os líderes dos movimentos declaram apoio ao mandato de Dilma Rousseff e criticaram a atuação da oposição que instiga o golpismo. “Nossa disposição de enfrentamento contra os coxinhas é muito grande. Estamos com Dilma e contra o golpe. A qualquer tentativa de golpe à democracia, nós teremos um exército na rua”, ressaltou Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Todos os representantes de movimentos e entidades que falaram durante o encontro apresentaram reivindicações específicas e criticaram itens como as medidas de ajuste da economia. “Não aceitamos que o povo pague a conta da crise. Não aceitaremos ajuste fiscal que fira direitos trabalhistas. A saída da crise é com o povo e pela esquerda”, apontou Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
”Queremos que a educação seja poupada do ajuste fiscal. Aumentar o investimento é a saída da crise” disse Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A efetivação da função social da propriedade urbana foi defendida pela Central de Movimentos Populares, enquanto o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) cobrou a aceleração da reforma agrária a democratização das comunicações. “Não é possível que 70% da publicidade do governo vá para a Globo enquanto os movimentos sociais são criminalizados”, protestou Alexandre Conceição, da direção nacional do MST.
Eleonice Sacramento, da Articulação Nacional de Pescadoras, pediu a implementação da Política Nacional de Comunidades Tradicionais, criado pelo decreto nº 6.040 de 2007, mas ainda carente de concretização em muitos dos seus dispositivos.
Diante das demandas, a presidenta reforçou que vai “tomar todas as medidas para que esse País volte a crescer o mais rápido possível” e para ampliar ainda mais o acesso aos direitos sociais. “Temos de avançar. Não podemos retrocedor”, enfatizou Dilma, que se mostrou muito à vontade durante a atividade, durante a qual contou histórias de sua vida militante e chegou a soltar algumas piadas e ironias.
PT na Câmara com Agência PT
Foto: Blog do Planalto