Bancários aprovam moção de repúdio ao Santander

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Indignados com banco espanhol os participantes da 16ª Conferência Nacional dos Bancários aprovaram por unanimidade uma moção de repúdio ao Santander. A moção é uma resposta à carta enviada no mês de julho aos clientes de alta renda (Select), na qual o banco afirmou que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.

A correspondência do banco que foi classificada como terrorismo pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), uma vez que atenta contra a economia, a democracia e o povo brasileiro.

Para o presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, “um banco estrangeiro, que veio aqui e adquiriu bancos, sobretudo, na era das privatizações do governo FHC, revela um profundo desrespeito com o Brasil e os brasileiros, piorando ainda mais a sua imagem junto aos trabalhadores e à população”.

 Segundo Cordeiro, “mais do que pedir desculpas aos seus clientes, o Santander tem que passar a respeitar os clientes, os bancários e o Brasil, bem como mudar a sua gestão equivocada no País, onde o banco obteve 20% do lucro mundial no primeiro trimestre deste ano, mas os trabalhadores e os clientes não são ouvidos nem valorizados”.

Leia a íntegra da moção de repúdio aprovada:

MOÇÃO DE REPÚDIO AO BANCO SANTANDER

Os delegados reunidos na 16ª Conferência Nacional dos Bancários repudiam a postura do banco Santander Brasil ao enviar comunicado a clientes de renda alta, no qual afirma haver “quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil”, e que se a presidenta Dilma Rousseff “se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia”.

Consideramos o gesto do banco irresponsável, não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade. Vivemos uma situação de cenário mundial complicado, mas com crescimento sustentável, inflação controlada, juros estáveis, geração de empregos e elevação da renda.

É inaceitável essa ingerência do banco espanhol tentando influenciar a disputa eleitoral contra a vontade soberana do povo que irá às urnas em 5 de outubro.

Delegados e delegadas presentes à 16ª Conferência Nacional dos Bancários

Contraf-CUT

 

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