A Bancada Progressista do Parlamento do Mercosul (Parlasul) assinou nesta segunda-feira (12), em Montevidéu, um manifesto de apoio ao ex-presidente Lula e ao mesmo tempo defendeu a indicação de seu nome para o Nobel da Paz, anunciada pelo argentino Adolfo Pérez Esquivel, ganhador do prêmio em 1980. Os vários parlamentares de países que compõem o Mercosul denunciaram a perseguição judicial e midiática contra Lula e defenderam o seu direito a disputar as eleições como candidato à Presidência da República.
Na opinião dos parlamentares, Lula tem sofrido assédio permanente por parte dos setores conservadores e reacionários do Judiciário, Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal e dos meios de comunicação. Ainda de acordo com a nota, os setores conservadores e oligárquicos não aceitam a construção de um projeto político popular que beneficiou a população e promoveu a integração sul-americana. “Acreditamos na inocência total do ex-presidente Lula”, declaram.
“Lula está sendo submetido a uma perseguição judicial arbitrária. Essa perseguição tenta desqualificá-lo como candidato à Presidência da República nas eleições de outubro de 2018 e procura evitar a retomada da normalidade democrática que se materializaria com as eleições legítimas”, afirmam.
Os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Ságuas Moraes (PT-MT) reforçaram no Parlasul que Lula tem sido submetido a uma perseguição judicial jamais vista no Brasil. Para Chinaglia, excluir Lula das eleições deste ano seria um fato grave não só para o Brasil, mas para toda a América Latina. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) também assinou o manifesto.
Ságuas, por sua vez, observou que a biografia de Lula e o que fez para combater a miséria no Brasil justificam o Nobel da Paz. “Por tudo o que ele construiu na vida pública do nosso País, uma política que reduziu as desigualdades, política de paz, que melhorou a qualidade de vida e principalmente pelo ataque e pela perseguição que Lula vem sofrendo neste momento”, disse ele.
Nobel – Segundo a nota dos parlamentares progressistas, “defender a candidatura de Lula (ao Nobel) é defender o retorno da democracia brasileira. As pessoas no Brasil estão perdendo suas terras, suas casas e seu trabalho. Lula tem muito apoio, porque ele criou políticas de igualdade e justiça social como nunca antes naquele País”, lembram.
PT na Câmara, com Agências e Assessoria Parlamentar
Foto: Rogério Tomaz Jr.