Bancada do PT cobra da tribuna a demissão imediata de Pedro Parente

Deputados da Bancada do PT se revezaram na tribuna, durante comissão geral que discutiu o preço dos combustíveis no Brasil, para pedir a mudança da política de preços da Petrobras e a saída do presidente da estatal, Pedro Parente. O deputado Jorge Solla (PT-BA) enfatizou que o governo do Temer colocou o Brasil em colapso. “Nunca poderíamos presenciar uma crise como a que estamos vivendo hoje. E não esqueça, o PSDB tem responsabilidade direta neste governo. Pedro Parente foi o responsável direto pelo apagão elétrico do governo Fernando Henrique Cardoso e está à frente do apagão dos combustíveis neste momento”, criticou.

Infelizmente, continuou Jorge Solla, quem está sofrendo é a população. “O quadro atual é de caos e pode piorar, e muito, porque o governo golpista não abre mão de um milímetro da política suicida responsável por essa crise”, alertou. Ele relembrou ainda que o golpe que retirou a presidenta eleita Dilma Rousseff do poder foi para entregar o pré-sal e para desmontar a Petrobras.

“Depois do golpe fizeram o quê? Primeiro entregaram o pré-sal. Acabaram com o regime de partilha. Retiraram a exclusividade da Petrobras. Privatizaram por dentro. Eles não conseguiram ainda vender todos os ativos, mas já privatizaram as prioridades da empresa, que hoje não atende mais aos interesses do povo brasileiro, mas atende aos interesses dos milionários e bilionários acionistas e as multinacionais”, lamentou acrescentando que o prejuízo é para a Petrobras e para todo o povo brasileiro.

O deputado Lula Marcon (PT-RS) avaliou que essa crise e o caos que o País vive não é por acaso. “É a continuidade do golpe sobre golpe que foi dado contra a democracia e contra o povo brasileiro em 2016. Tiraram a Dilma, que foi legitimamente eleita, uma mulher que representava o povo brasileiro, para botar este caos instalado no Palácio do Planalto”.

Esta greve, segundo Lula Marcon, não é só a greve dos caminhoneiros. “Ela deveria ser a greve do povo brasileiro que não aguenta mais esse desgoverno. A população está gritando por políticas públicas e sociais adequadas a nossa realidade”. O deputado disse ainda que não se pode viver com um reajuste do salário mínimo de apenas R$ 17 enquanto o gás de cozinha subiu R$ 30 reais em um ano, a energia elétrica foi reajustada em quase 400% e com a gasolina a R$ 5 o litro e o óleo diesel quase R$ 4.

“Nós exigimos que o governo de Michel Temer, golpista e sem voto, mude a política de preço da Petrobras e que demita o presidente da estatal Pedro Parente”, reforçou Marcon.

O deputado Lula Bohn Gass (PT-RS) disse que para ajudar os caminhoneiros e a economia do Brasil é fundamental mudar a forma como se calcula o preço dos combustíveis no País. “Nós precisamos voltar ao tempo em que a Petrobras não era refém da Exxon, da Shell, das empresas petrolíferas do mundo, e praticar um preço que permita ao transportador fazer o seu transporte e a ter renda, ao agricultor produzir e a ter renda e a economia a ser aquecida”, defendeu.

Bohn Gass destacou o acerto da reivindicação dos caminhoneiros não só sobre a redução do preço do diesel como também sobre o não pagamento de pedágio no eixo suspenso. Ele citou ainda que está tramitando Casa projeto de lei da sua autoria para que no município onde o caminhoneiro vive e trabalha ele também não pague pedágio. O deputado é também autor de emenda reservando aos caminhoneiros autônomos 30% de todo o transporte público feito pelo governo brasileiro e não apenas na Conab, como propôs o governo no acordo com os caminhoneiros. “Aí, sim, nós estaremos ajudando quem, na ponta, está produzindo”, argumentou.

O deputado Padre João Lula (PT-MG) também responsabilizou o governo Temer pelo caos instalado no País. “A responsabilidade não é dos caminhoneiros. A minha região da Zona da Mata mineira não tem alimento para a suinocultura, para avicultura. Já é um caos! Os prejuízos são astronômicos! A responsabilidade é do Governo!”, acusou.

Em menos de 17 dias, lembrou Padre João, aconteceram 11 aumentos no preço da gasolina. “O gás de cozinha está chegando a R$ 90. Ninguém suporta isso. Agora, não basta alguém aqui avocar que é o coordenador do movimento dos caminhoneiros, dizer que negocia e não pautar o gás de cozinha, não pautar o etanol, não pautar a gasolina”, afirmou.

Os deputados petistas Luiz Sérgio Lula (RJ), Assis Carvalho Lula (PI), Pedro Lula Uczai (SC), Leo de Brito Lula (AC), Leonardo Lula Monteiro (MG), Zé Geraldo Lula da Silva (PA), Lula Pelegrino (BA), Caetano Lula (BA), Pepe de Lula Vargas (RS), Paulão Lula (AL), José Airton Lula da Silva (CE) e Reginaldo Lula Lopes (MG) também participaram da comissão geral e criticaram a atual política de preços da Petrobras e pediram a saída imediata de Pedro Parente do comando da estatal.

Vânia Rodrigues

Veja abaixo o discurso do deputado Padre João Lula:

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