Bancada do Nordeste quer protagonismo, diz Guimarães

guimagushtaA Bancada do Nordeste, que recentemente elegeu como coordenador o deputado José Guimarães (PT-CE), tem como um dos principais desafios estabelecer uma agenda política com pontos estratégicos para a ação parlamentar voltada à região. Segundo o deputado, o colegiado pretende organizar o debate dos temas prioritários para o Nordeste e definir as bases da relação com os governos  federal e estaduais.

Sobre a agenda política, o parlamentar argumenta que a bancada precisa ser protagonista na defesa dos interesses do Nordeste.

“A região não pode continuar sendo vista como uma exportadora de mão de obra desqualificada para o Sul do País”, afirma. Para o deputado, essa visão não encontra mais respaldo na realidade, já que o Nordeste, embora ainda concentre o maior número de brasileiros em situação de miséria, conseguiu nos últimos anos subverter sua condição econômica.

“Hoje, o Nordeste concentra a maioria dos recursos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] I e II, como a Transnordestina e as três grandes refinarias de petróleo”, pontua. Aliadas ao investimento estatal, estão as iniciativas financiadas pelo setor privado: “Atualmente, a região atrai esse tipo de investimento não mais por conta de incentivos fiscais, mas porque os investidores identificaram o grande mercado consumidor existente no Nordeste, o que representa segurança para quem quer investir”, completa.

Câmara setoriais  – No que se refere à organização da bancada, José Guimarães detalha que a ideia é separar por câmaras setoriais a discussão de temas estratégicos, que seriam debatidos em grupos temáticos, como “Educação, Inovação e Ciência e Tecnologia”, “Saúde e Miséria”, “Infraestrutura” etc.  

Seca – Toda a esquematização do trabalho da Bancada do Nordeste, diz Guimarães,  estará incialmente subordinada à solução de uma questão mais emergencial, que é a seca que prejudica a região. “É a maior estiagem dos últimos 40 anos, e não podemos deixar que todo o avanço conseguido nos últimos dez anos se perca neste momento”, avalia Guimarães.

Tarciano ricarto

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