O mais recente balanço do Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dá conta de um avanço significativo nas obras do PAC 2. Um total de R$ 204,4 bilhões foram executados em seu primeiro ano, o que representa 21% do previsto para o período de 2011-2014.
A evolução do pagamento e do empenho com recursos do Orçamento Geral da União, segundo o levantamento, também atesta o avanço do programa: R$ 28 bilhões foram pagos até o fim do ano passado – o que representa um aumento de 27% em relação a 2010 e de 284% se comparado a 2007, primeiro ano do PAC 1.
“As obras estão acontecendo no seu ritmo. O governo tem priorizado o programa no orçamento para não faltar dinheiro. Há um controle e um acompanhamento sistemático relacionado a essas obras. Tem um problema ou outro, às vezes, relacionado à questão ambiental, às vezes, à questão de projetos e readequação dessas obras. Mas o grande motor do crescimento econômico tem a ver com as obras do PAC e do projeto ‘Minha Casa, Minha Vida’”, avalia o líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (PT-SP).
Assim como descreve o líder petista, o relatório do comitê destaca ainda que o PAC 2 teve um “desempenho vigoroso” e que o ritmo das obras teve uma aceleração de 136% no segundo semestre de 2011 se comprado ao primeiro semestre. “Com o objetivo de dar continuidade ao programa que acelerou o crescimento do Brasil, resgatou o papel do Estado como indutor do desenvolvimento, recuperou a infraestrutura do País e criou milhões de novos postos de trabalho, o PAC 2 completa um ano de vida com muitos avanços a comemorar”, destaca o comitê no documento.
O balanço também ressalta que o programa alavancou o dinamismo geral da economia, na medida em que garantiu a retomada do planejamento estatal, do investimento público e, simultaneamente, do investimento privado, reforçando a confiança do empresariado. De acordo com o comitê, em 2011, esses investimentos cresceram mais do que o Produto Interno Bruto (PIB). “Entre 2007 e 2010, o investimento aumentou em média 10%, o que permitiu também a aceleração do crescimento da economia. Nesse período, o PIB cresceu em média 4,6% ao ano”, revela o levantamento.
Somente na área do “Minha Casa, Minha Vida”, o projeto já contratou nova moradia para quase 1 milhão de famílias, com investimento de R$ 85,1 bilhões. Entre unidades habitacionais e financiamentos habitacionais, somam-se 929.043 contratações. Só em 2011, foram 457 mil. Na área de transporte, foram investidos R$ 6,1 bilhões para a conclusão de 628 km em rodovias. Nas obras de saneamento e energia elétrica, foi investido R$ 1,8 bilhão, em 2011. Mais 247.862 famílias em todo o Brasil passaram a contar com luz elétrica; 214 áreas urbanas passaram a contar com água encanada; e 10 empreendimentos de recursos hídricos foram construídos.
Ao todo, o PAC2 investirá R$ 955 bilhões. Desse total, R$ 247 bilhões referem-se a obras de maior complexidade que serão concluídas após 2014, como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior em construção no mundo; a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste; e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). “Acertou o governo em continuar esse programa que dá visibilidade ao crescimento do Brasil”, reforçou o líder do PT, deputado Jilmar Tatto.
Tarciano Ricarto
