Aumento dos investimentos compensa timidez do PIB, afirmam petistas

virgilio_1O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3% no terceiro trimestre deste ano em comparação com o segundo trimestre.O resultado mudou a avaliação sobre o ritmo do crescimento brasileiro e sua composição- o País está crescendo menos que o estimado, mas de uma forma melhor, com mais investimento.

Isso porque, no mesmo período, o investimento cresceu 6,5%, bem acima da alta de 2% no consumo das famílias e da de 0,5% no consumo do governo. No lado da oferta, a indústria foi o grande destaque, aumentando 2,9% sobre o segundo trimestre, enquanto os serviços avançaram 1,6% e a agropecuária recuou 2,5%. Os dados fazem parte do balanço divulgado nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os números indicam uma expansão mais equilibrada da economia, o que deve ajudar o País a atravessar 2010 sem pressões inflacionárias relevantes – com isso, diminuem os motivos para o Banco Central (BC) antecipar um eventual ciclo de alta dos juros. Este novo cenário, na avaliação dos deputados Pedro Eugênio (PT-PE) e Virgilio Guimarães (PT-MG), ambos da área econômica, compensa a timidez do crescimento do PIB neste terceiro trimestre.

“Se o crescimento do PIB foi menor, isso é absolutamente irrelevante, já que tivemos um crescimento recorde dos investimentos no mesmo período”, disse o deputado Pedro Eugênio. “A oposição vem querendo, a todo custo, encontrar algum espaço de crítica à economia brasileira. Mas, felizmente, não haverá nenhuma brecha para aqueles que apostam na tese do quanto pior melhor”.

O parlamentar lembrou que o governo do presidente Lula fortaleceu a economia brasileira ao estimular o consumo interno e promover uma das maiores distribuições de renda já vistas no País. “Com isso, o Brasil, ao contrário de várias outras nações, já superou quaisquer efeitos negativos trazidos pela crise internacional”, afirmou Pedro Eugênio.

O petista lembrou que, mesmo no período da crise mundial iniciada há catorze meses, as famílias brasileiras das classes D e E continuaram migrando em massa para a classe C.”Muitas dessas famílias, que antes tinham um poder de compra reduzido, hoje podem consumir produtos e serviços antes acessíveis somente à classes mais altas. São vários os fatores que permitiram este avanço, entre eles as políticas sociais do governo Lula, além das medidas anticrise, que mantiveram o consumo interno em alta, evitando recessão da economia brasileira”, destacou. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) cumpriu um papel determinante neste desempenho, acrescentou.

Qualidade – Para o deputado Virgílio Guimarães, a qualidade do crescimento obtido pelo País no ultimo trimestre é talvez o maior diferencial brasileiro. “É claro que o índice de crescimento do PIB é importante, mas também existem outros indicadores de peso para se avaliar uma economia. No caso brasileiro, o destaque é exatamente o crescimento virtuoso dos investimentos. Isso é muito importante”, afirmou.

Segundo o parlamentar, os investimentos, em curto prazo, trarão frutos significativos para a economia. “Se houve um grande investimento agora, tecnicamente no próximo trimestre o crescimento do PIB será maior. Ou seja, estamos crescendo com sustentabilidade, além de impulsionar a infraestrutura nacional para o crescimento futuro”, avaliou.

O petista aposta em um crescimento ainda maior quanto houver uma recuperação definitiva do volume de exportações brasileiras. “Como o ambiente de crise já foi superado, vamos aumentar muito a nossa capacidade de exportação. Ainda estamos sofrendo muito o impacto cambial. O governo já tem trabalhado para reverter este quadro e ampliar as exportações”, destacou.

Liderança – O Brasil é o país da América Latina que mais vai crescer em 2010, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira (10) pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), braço da ONU para a região. A Cepal projeta crescimento de 5,5% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2010. Para 2009, a projeção da comissão é de crescimento de 0,3% na economia brasileira.

Segundo o Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe, a região vai ser recuperar da crise internacional mais rápido do que o previsto há alguns meses e deverá crescer 4,1% em 2010. Para 2009, a projeção é de contração de 1,8% – um pouco menor que a queda de 1,9% prevista anteriormente. As projeções da Cepal indicam que a recuperação será maior na América do Sul e Central do que no Caribe. Além do Brasil, Peru e Uruguai também aparecem no topo da lista da comissão, ambos com projeção de crescimento de 5% em 2010.

Edmilson Freitas

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